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Frigoríficos avisam: preço ao consumidor não vai cair

Ângela Kempfer e Paulo Fernandes, Campo Grande News - 05 de novembro de 2008 - 10:23

Mesmo com a redução em 25% da alíquota de ICMS da carne, de 4% para 3%, empresários do setor frigorífico adiantam que não haverá queda de preços ao consumidor. As medidas anunciadas pelo governo estadual são consideradas “insignificantes”, diante da crise alardeada pelo setor, que já demitiu mais de 2 mil trabalhadores nos últimos dois anos.

A última pesquisa sobre o preço da carne em Campo Grande, mostra que em outrubro alguns cortes tiveram aumento significativo, como o contra-filé (7,48%), filé mignon (7,40%), lagarto (5,44%) e ponta de peito (5,07%).

O alívio fiscal, que deveria refletir também no bolso da população, não dever durtir efeito tão cedo.

O presidente da Assocarne (Associação de Frigoríficos de Mato Grosso do Sul), João Alberto Dias, garante que as alterações na pauta fiscal e a diminuição da alíquota não “refrescam” em nada a crise financeira enfrentada pelo setor.

Além de lutar por alíquota de apenas 2% de ICMS, contra os 4% atuais, os frigoríficos ainda reclama do repasse ao Fundersul e da negativa do governador André Puccinelli de estender o pagamento de ICMS.

Como os pequenos abastecem, em sua maioria, o mercado interno, eles não têm o ganho da exportação. Os grandes grupos comercializam com o exterior, recebem mais pela carne e assim conseguem pagar um preço maior pela arroba. Por isso, os pecuáristas acabam restingindo a venda às empresas de pequeno porte e direcionando a produção às maiores.

A concorrência é o principal ponto de ataque dos frigoríficos menores, que desde 2006 dizem já ter perdido 7 empresas em Mato Grosso do Sul. “Se o governo não tomar uma atitude mais drástica, vamos ter mais frigoríficos fechados até o final deste ano”, antecipa o presidente da Assocarne.

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