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Frente Evangélica quer alterar Reforma Política

Agência Câmara - 08 de março de 2005 - 09:02

Deputados ligados à Frente Parlamentar Evangélica querem modificar o texto da Reforma Política. Eles não aceitam o dispositivo chamado de "lista fechada", no qual o eleitor vota apenas no número do partido e os candidatos são eleitos de acordo com sua posição na lista, que pode ser modificada a critério do partido. A Frente, em conjunto com os pequenos partidos, está solicitando à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania que reabra as discussões sobre a Reforma. Os deputados alegam que a lista fechada prejudicaria o crescimento da bancada evangélica nas próximas eleições.

Continuísmo
O deputado Jefferson Campos (PMDB-SP), que integra a Frente, acredita que, além de poder barrar o crescimento da bancada, a lista fechada acabará favorecendo os políticos que estão no comando dos partidos. "A lista fechada faz com que os deputados que já tem mandato praticamente garantam sua reeleição. Além disso, representa, para o segmento evangélico, uma maneira de barrar o crescimento, até porque não atuamos partidariamente. Hoje, a Frente Parlamentar Evangélica não está nos comandos dos partidos, com algumas exceções. Como está prevista hoje, a lista fechada dá aos donos de partidos o poder para excluir um evangélico ou algum outro segmento da nossa sociedade", afirma.
Governo e principais lideranças dos partidos na Câmara firmaram acordo no final do ano passado para que a Reforma Política fosse votada em Plenário ainda no início deste semestre, sem rediscutir os pontos que não são consensuais no texto.
Jefferson Campos acredita que, se o texto for a Plenário com o atual conteúdo, haverá forte embate na votação.

Partido evangélico
Para o líder da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Adelor Vieira (PMDB-SC), a dispersão de parlamentares evangélicos nos diversos partidos é ideal. Entretanto, se o mecanismo de lista fechada for aprovado na Reforma Política, o deputado diz que já se discute a formação de um partido evangélico, que garanta a representatividade dos evangélicos de acordo com o número de fiéis no País. Para Adelor Vieira, um partido que congregasse a Frente Evangélica poderia se tornar uma das maiores forças do Congresso Nacional.

Representatividade cresce
A representação evangélica no Congresso Nacional cresce a cada legislatura. Da legislatura anterior para a atual, a Frente Parlamentar Evangélica avançou de 27 para 58 deputados, filiados a 14 partidos.



Reportagem - Eduardo Tramarim
Edição - Patricia Roedel

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