Depois de um dia inteiro na Acadepol (Academia da Polícia Civil), os presos por suspeita de fraude com uso de celulares funcionais do governo estadual foram levados por volta das 18h para duas delegacias de Campo Grande. A Diretoria Geral da Polícia Civil não revelou os nomes dos presos e nem o grau de participação de cada pessoa.

Apenas um foi preso no interior do Estado: um homem, trazido de Ponta Porã no fim da tarde desta terça-feira por policiais do Departamento de Operações de Fronteira. Os homens foram levados para o distrito do bairro Carandá Bosque e as mulheres para a delegacia da Rua Mascarenhas de Moraes.

Os presos deixaram a Acadepol em um ônibus, com a escolta de três viaturas. A Polícia Civil chegou ao grupo depois que o governo constatou gastos desproporcionais com linhas de celulares funcionais, de uso exclusivo de servidores e apenas em serviço.

O golpe, que permitia o uso de linhas por particulares com a conta paga pelo contribuinte, teria gerado um rombo de pelo menos R$ 500 mil.Não se tem a dimensão exata do prejuízo porque a polícia ainda investiga desde quando a fraude ocorria.

Entre os presos estão estudantes, comerciantes, funcionários de loja de celular e o dono da loja Mega Cell. A reportagem do apurou que o ex-servidor Artur Victor de Lima, que teve cargo comissionado no Governo Zeca e autou nos primeiros meses da atual gestão, também está entre os presos.

A Polícia Civil ainda não fala em envolvimento de outras pessoas, como servidores ou funcionários de operadoras de celular que poderiam ter permitido a terceiros usarem linhas exclusivas do governo, mas não é descartado o envolvimento. Aparelhos e contas de celular e um computador, que teria informações sobre a fraude, foram apreendidos e serão periciados.

(Colaborou Nadyenka Castro)