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Fotogaleria- Sem cirurgia, jornalista muda hábitos e perde 49 quilos em 11 meses

Paula Maciulevicius,Paula Maciulevicius, Campo Grande News - 07 de janeiro de 2015 - 07:02

Prestes a completar um ano da meta, dos 125, Luciana está com 76 quilos e do tamanho 56 passou para o 44. (Foto: Arquivo Pessoal)
Prestes a completar um ano da meta, dos 125, Luciana está com 76 quilos e do tamanho 56 passou para o 44. (Foto: Arquivo Pessoal)

"Eu, daquele tamanho, ninguém acreditava que ia dar certo". Quando a balança marcou 125 quilos foi o ápice e o pontapé para que a jornalista Luciana Navarro decidisse que era a hora de tentar de novo, só que desta vez conseguir. A lista de resoluções de Ano Novo já trazia a velha promessa de "emagrecer", mas foi quando ela acrescentou o "emagrecer com saúde" que as dezenas foram caindo, ela pode fazer os alongamentos com mais facilidade, passar na catraca sem preocupação e comprar as roupas que gosta.

Prestes a completar um ano da meta, dos 125, Luciana está com 76 quilos e do tamanho 56 passou para o 44. Aos 27 anos, a jornalista começou com calma, preparou o psicológico e hoje vê que valeu a pena trocar a comida desenfreada pela dieta, acrescentar 30 minutos de caminhada diária e descartar a cirurgia de redução do estômago. De promessa escrita, para missão cumprida, nas palavras dela "passou rápido" e ela agradece hoje por ter começado naquele 8 de fevereiro de 2014.

"Em outubro, eu estava com 125 quando resolvi fazer dieta, só que foram três meses de preparação. Tempo em que fui desacelerado por vontade, para me acostumar com a ideia. Quando comecei mesmo, em fevereiro, pesava 121 quilos", nos conta.

Com um histórico que se repete em várias pessoas, Luciana sempre esteve acima do peso e claro, tentou várias formas de perder quilos. "Gordinha não, era gorda mesmo. Sempre usei roupa de adolescente, porque quando criança não tinha do meu tamanho. Minha primeira calça jeans já foi número 50", recorda.

Emagrecer sempre esteve no topo das promessas a serem colocadas em prática no próximo ano. Nas tentativas de cumpri-la, entraram desde a dieta da sopa, das tantas colheres de arroz, até os remédios manipulados. E o resultado? Sempre o mesmo. "Depois que perde, não te dava horizonte, você não sabe como vai ser sua vida amanhã. Então eu perdia e começava a comer de novo. Diferente da reeducação alimentar, que quando termina o prazo, você sabe que não pode cair de cara na fritura, no doce", descreve Luciana.


Passo a passo - O prazo não chegou ao fim e a meta para este ano é de perder ainda 11 quilos e seguir as etapas do método escolhido. Luciana entrou de cabeça na dieta Dukan, que tem como base proteínas. "Quero ficar com 65, que é o que considero ideal e depois vou terminar de trabalhar o corpo na academia, como venho fazendo".

A inspiração para a dieta veio depois que a irmã da jornalista viu um vídeo com o depoimento de uma obesa que havia perdido peso com o método. "O slogan dizia: você emagrece comendo. Eu já tinha decidido que queria fazer alguma coisa, se não funcionasse, todo mundo falava que eu deveria pensar em cirurgia. Dentro do prazo dos três meses, comprei o livro da dieta e li todo ele. Ali já fui preparando a mente", explica.

O desafio veio das páginas, onde era explicado que, se a pessoa começasse a seguir a dieta e desistisse, corria o risco de engordar o dobro. "Se eu dobrasse meu peso, eu morria. Nunca tive nenhum problema relacionado à gordura, mas uma hora ia chegar. Então, juntei o útil ao agradável e deu certo. Nem eu acreditava que ia conseguir".

Na primeira etapa, Luciana seguiu a reeducação baseada em proteína. "Você começa a aprender a comer, quem quer perder mais de 20 quilos, come só proteína, mas no livro explica que você precisa dobrar a quantidade de água, vai dizendo tudo o que vai acontecer no seu corpo".

Rotina - Na segunda fase, a que a jornalista está hoje, os dias são mesclados entre proteína pura e com vegetais. "E vai assim até chegar naquilo que você deseja, para mim ainda faltam os 11 quilos", relembra. Da terceira em diante, entram arroz, feijão e o direito de escolher um dia de refeição completa, incluindo doce e sem peso na consciência. "Diferente do dia do lixo, ele te dá liberdade de uma refeição completa, mas é uma só e você sabe que não pode exagerar, mas come com vontade".

Hoje o dia de Luciana começa com um café preto, do qual não abre mão e mingau de leite desnatado com duas colheres de aveia. Para completar, às vezes ela come uma fatia de queijo frescal ou de presunto de peru e um copo de iogurte zero. No almoço, carne magra, frango ou peixe sempre grelhados. Refrigerante zero até está liberado para acompanhar, mas a jornalista prefere, às vezes, uma H2O ou Aquarius Fresh. Durante à tarde voltam os lanchinhos que podem ser bolo de farelo de trigo ou iogurte e à noite, uma omelete.

"Você usa a imaginação para fazer receitas, mas eu não sinto fome não", garante. Além da caminhada de 30 minutos diária que Luciana segue à risca, por conta própria ela adicionou um treino de musculação na academia, que não é muito aconselhável pelo método.

"Já fiquei até gripada, porque vou caminhar até na chuva. Mas imagina, se eu já andei até aqui, vou morrer na praia?" indaga. Quem ousa discordar?


De bem com espelho? - Os 49 quilos perdidos deram a Luciana um novo sorriso, mais ânimo e a opção de poder comprar a roupa que quiser. "A autoestima com certeza melhora. Gordo é ponto de referência e eu não sou mais esse ponto. Minha mobilidade melhorou bastante, não que eu tivesse problema de me locomover, mas até para atar o cinto de segurança, está mais fácil", pontua.

Coisas que para quem nunca esteve acima do peso não tem a mínima importância, mas que a gente passa a observar quando ouvidas da boca de quem a muito custo hoje consegue fazer. O cinto de segurança era uma regra do ônibus da empresa que precisava ser seguida. "Ele quase não atava, era um suplício. Se sentava alguém do meu lado então, piorou. Eu já consigo colocar sem nenhuma dificuldade e nem preciso regular. Coloco do tamanho que está".

A catraca também não é mais problema, assim como fazer compras. Luciana tem à mão mais opções de lojas. "Antes só loja plus size ou que eu sabia que tinha roupa grande. E elas são caras, não é em todo lugar que se encontra. Agora posso ir em qualquer loja, posso não gostar do preço, do modelo, da cor. Antes, tinha que comprar na hora. Hoje escolho".

Resolução de Ano Novo? - Ainda dá tempo de colocar como meta o emagrecimento saudável para este ano. Luciana começou em fevereiro, passou pelo Carnaval e seguiu firme. Hoje se lembra a delícia de ter riscado, pela primeira vez, este item do papel.

"Tenho costume de anotar os pedidos para fazer durante o ano. De 2012 para 2013 eu tinha colocado emagrecer 40 quilos, não consegui. Em 2014 eu coloquei 'emagrecer com saúde' e no final do ano eu fui e risquei. Emagreci sem remédio, sem intervenção cirúrgica. E é nítido: antes eu saía pensando no que ia comer, hoje é pela companhia dos amigos, eu passei a valorizar mais as pessoas, além da comida".

Onde é chamada, Luciana leva as fotos do antes e depois, compartilha no Facebook e chega até a dar "palestras motivacionais", que na verdade não passam de uma conversa de que todo mundo pode emagrecer, quando estabelece a saúde como meta.

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