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Fotogaleria: olha quem vem hoje em Cassilândia

Redação - 30 de agosto de 2018 - 16:08

Geraldo Borges, presidente da ABRALEITE
Geraldo Borges, presidente da ABRALEITE

Geraldo Borges, presidente da ABRALEITE (Associação Brasileira dos Produtores de Leite) vai proferir palestra hoje no Sindicato Rural de Cassilândia para os produtores de leite da região, a partir das 19h30, no recinto da festa do peão.

Ele concedeu entrevista ao MilkPoint que está sendo reproduzida pelo Cassilândia Notícias para que os leitores conheçam um pouco mais o palestrante da noite.

MilkPoint - Por que surgiu a ideia de criação da ABRALEITE?

Geraldo Borges: “A ABRALEITE surgiu da necessidade da união e organização dos produtores de leite para a solução de diversos problemas da cadeia no Brasil, com uma atuação forte na construção de políticas públicas para a produção de leite, melhorando o cenário desta categoria”.

MilkPoint - O setor já tem outras entidades de defesa de seus interesses. Em que a ABRALEITE difere delas? Em que grau é complementar?

Geraldo Borges: “A ABRALEITE nos seus poucos meses de existência já está conseguindo não somente agregar e unir os produtores de leite, como também, as entidades que os representam, como associações, cooperativas, sindicatos, federações e empresas do setor. Portanto a ABRALEITE veio para somar e unir todos da produção de leite e suas entidades”.

MilkPoint - Quais são as principais bandeiras da entidade hoje?

Geraldo Borges: “As principais bandeiras da ABRALEITE são: criar leis que beneficiem os produtores de leite, promover junto aos governos federal e estaduais políticas públicas que viabilizem a atividade de produção de leite, com desoneração, incentivos e outras ações necessárias. A ABRALEITE atua firmemente na cobrança constante de ações ao executivo para que melhorem a cadeia produtiva do leite. A ABRALEITE veio para cuidar dos interesses dos produtores de leite principalmente da 'porteira para fora'".

MilkPoint - Como é o processo de organização e de governança da ABRALEITE?

Geraldo Borges: “A ABRALEITE é composta por uma diretoria, um conselho fiscal, um conselho consultivo e o conselho de representantes estaduais. São 25 membros eleitos para um mandato de três anos e hoje mais de 170 membros nomeados para o conselho de representantes estaduais. São quase 200 grandes lideranças de todos os estados brasileiros que compõem a diretoria e os conselhos”.

MilkPoint - O processo de associação é voluntário? Como funciona (processo de associação, valores etc)?

Geraldo Borges: “O processo de filiação é voluntário sim, realizado por meio de preenchimento e assinatura de ficha de inscrição como associado, que pode ser obtida no site www.abraleite.org.br ou através de solicitação pelo e-mail: [email protected] ou pelo número de whatsapp: (61) 9.8313-8620. As fichas podem ser entregues na sede em Brasília, ou encaminhadas por e-mail, whatsapp ou correio. Nos diversos encontros, reuniões, palestras e eventos diversos que a ABRALEITE promove e/ou participa, membros da diretoria e dos conselhos também captam as filiações, recebendo fichas de inscrições como associados”.

MilkPoint - Somente produtores podem se associar?

Geraldo Borges: “Existem seis categorias de associados na ABRALEITE, conforme pode ser visto no estatuto da entidade, que é público, registrado em cartório e disponibilizado no site www.abraleite.org.br

As categorias são:

a) Produtores e criadores contribuintes;

b) Produtores e criadores NÃO contribuintes;

c) Técnicos contribuintes;

d) Técnicos NÃO contribuintes;

c) Associações, sindicatos, federações, cooperativas, entidades e empresas do setor contribuintes;

d) Associações, sindicatos, federações, cooperativas, entidades e empresas do setor NÃO contribuintes.

Obs: indústrias de laticínios não podem se filiar à ABRALEITE”.

MilkPoint - Como a entidade irá trabalhar para evitar o conhecido problema do “carona”, isto é, aquele que não se associa, mas, como produtor, acaba se beneficiando, e que, em última análise, fragiliza entidades com contribuição voluntária?

Geraldo Borges: “A ABRALEITE é uma entidade extremamente democrática e criou categorias de contribuintes e não contribuintes (para aqueles que não tem condições de contribuir). O mais importante para a ABRALEITE é criar uma forte união e muita representatividade, o que já tem sido obtido nesses seis meses de existência, com muito sucesso. Mesmo assim muitos contribuem, pois enxergam a ABRALEITE como necessária para promover as melhorias que a cadeia produtiva do leite precisa”.

Imagem 3 - Reunião Sobre o Setor Produtivo do Leite em Passos-MG com a ABRALEITE onde o presidente Geraldo Borges fez apresentação da ABRALEITE e falou da atuação e andamento das ações e cobranças da ABRALEITE ao Executivo (Governo Federal e Governos Estaduais) e Legislativo. Fonte: ABRALEITE.

Reunião Sobre o Setor Produtivo do Leite em Passos-MG com a ABRALEITE onde o presidente Geraldo Borges fez apresentação da ABRALEITE e falou da atuação e andamento das ações e cobranças da ABRALEITE ao Executivo (Governo Federal e Governos Estaduais) e Le

MilkPoint - Um desafio grande é a heterogeneidade do setor. Há desde produtores de subsistência, passando por familiares, a empreendimentos profissionais. Quem a entidade irá representar?

Geraldo Borges: “A ABRALEITE representa todos os produtores de leite do Brasil do menor ao maior, sem distinção, promovendo e trabalhando para o desenvolvimento e sucesso de todos os produtores em seus variados perfis”.

MilkPoint - É perceptível que a ABRALEITE tem obtido avanços, apesar de sua ainda breve trajetória. A que o Sr. credita isso?

Geraldo Borges: “Creditamos os avanços que a ABRALEITE têm obtido ao trabalho incansável, objetivo, sério e importante que os dirigentes da ABRALEITE têm desempenhado desde sua criação há poucos meses e os resultados positivos que começaram a aparecer”.

MilkPoint - Ao final de 2018, como o Sr. gostaria de ver a entidade? Com quantos associados e com quais realizações?

Geraldo Borges: “Estamos muito empenhados no nosso trabalho e contentes com os milhares de associados produtores e técnicos e centenas de entidades também filiadas à ABRALEITE em tão pouco tempo. Continuaremos nesta trajetória unindo todos produtores de leite e as entidades que também os representam e entendemos que todas têm um papel muito importante também”.

MilkPoint - Como os produtores têm recebido a criação da ABRALEITE?

Geraldo Borges: “Os produtores têm recebido a criação da ABRALEITE muito bem. Estão enxergando nela o caminho correto que já devia ter sido trilhado há décadas, para que a nossa cadeia produtiva do leite no País, sobretudo na esfera da produção, tenha uma remuneração justa com condições dignas de uma classe que trabalha todos os dias do ano e merece seu reconhecimento e sucesso”.

MilkPoint - Como a indústria de lácteos está vendo a iniciativa?

Geraldo Borges: “Toda a diretoria, conselhos e associados da ABRALEITE entendem que a indústria de lácteos precisa ver, enxergar e tratar esta nova entidade como primordial para toda a cadeia produtiva do leite no Brasil, pois se esta classe de produtores de leite não estiver organizada, unida e defendida nos momentos necessários, ela tenderia a sucumbir, deixando as indústrias que verdadeiramente precisam de matéria-prima produzida em nosso país, órfãs do leite in natura brasileiro”.

MilkPoint - Quem é Geraldo Borges? Fale um pouco sobre sua trajetória como produtor e líder de classe.

Geraldo Borges: “Geraldo Borges, 47 anos, pós-graduado em gestão estratégica de negócios pela FGV, é produtor rural, filho e neto de produtores rurais, criador das raças Gir Leiteiro e Girolando em MG e no Sul do Pará. Presidente do Sindicato dos Criadores do DF por dois mandatos, Conselheiro da Federação de Agricultura do DF, Presidente da Câmara Setorial do Leite do DF, Conselheiro nas Associações Brasileiras de Criadores de Girolando e Gir Leiteiro, membro da Câmara Setorial do Leite do MAPA e da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, já tendo ocupado diversos outros cargos em várias entidades do setor produtivo nacional e participado da criação de algumas. Casado e pai de um garotinho de quatro anos que gosta muito de vacas leiteiras e que se depender do empenho e trabalho do pai junto à defesa da sua classe, será um produtor de leite e criador de raças leiteiras com muita dignidade”.

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