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Fórum diverge sobre adotar ou não um plano de ações

Daniel Merli/ABr - 29 de janeiro de 2006 - 10:08

Caracas (Venezuela) - O debate sobre o Fórum Social Mundial adotar ou não um plano de ações foi constante nestes últimos quatro dias. Ontem (28) o tema voltou à agenda e acirrou ânimos. Em um debate sobre a organização do Fórum, a idéia foi defendida pelo jornalista Roberto Savio, da agência de notícias IPS (da sigla em inglês International Press Service), que tem assento no Conselho Internacional do Fórum. A socióloga peruana Virgínia Vargas, por sua vez, criticou a idéia. Ela também participa do conselho, representando a rede feminista MarcoSul.

Virgínia lembra que a Assembléia Mundial dos Movimentos Sociais, que ocorre todos os anos dentro do Fórum, já adota um plano de ações. A socióloga afirma que, se todos os participantes do Fórum tivessem de definir um plano de ações, o Fórum se "transformaria em um ator político" e haveria risco de perder a diversidade do encontro.

Savio, no entanto, defendeu que o Fórum encare mais fortemente o tema da política. "Isso não quer dizer que vamos trazer políticos aqui, mas que vamos dialogar com eles lá fora e apresentar nossas demandas", defendeu. "Mas sei que essa é uma posição pessoal minha e minoritária dentro do Conselho Internacional".

A proposta do plano de ações foi defendida na sexta-feira (27), pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, em seu discurso como convidado da Assembléia dos Movimentos Sociais. A idéia havia sido apresentada na edição de janeiro do jornal francês Le Monde Diplomatique, por Ignacio Ramonet. O jornalista espanhol foi autor do artigo cujo título virou lema do Fórum: "Outro mundo é possível".

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