“A fala é uma projeção muito forte da nossa personalidade, do nosso modo de ser”, revela a fonoaudióloga Leny Kyrillos, em entrevista ao programa Bem Estar. E a gente transmite essa condição em dois casos: de acordo com a personalidade e ritmo de cada um, ou segundo a necessidade exigida pelo ambiente.

Quem fala rápido demais, atropelando o diálogo, transmite ansiedade, nervosismo e tensão. Por outro lado, quem fala devagar dá impressão de ter pensamento lento, personalidade reflexiva, que pensa antes de responder. Quem fala muito devagar tende a chamar menos atenção num processo de comunicação que envolve mais de uma pessoa.

Existem formas de sinalizar a intenção de se comunicar quando se está em grupo. A postura corporal, nesse caso, é muito importante. “O corpo, nossa comunicação não verbal, ajuda a expressar de maneira clara essa minha vontade de interferir”, explica a especialista. Se você coloca o tronco à frente, se aproxima, e põe a cabeça mais para frente, por exemplo, o outro deve entender esse sinal dado pela própria postura corporal.

Pessoas que têm a característica de fala mais lenta, que se colocam de forma mais sutil na conversação, devem começar o diálogo levando em conta a mensagem principal que querem transmitir. Assim, fica mais fácil prender a atenção do outro logo de cara, mantendo o receptor da mensagem entretido e envolvido.

O padrão diz que o normal é falar no mínimo 145 palavras por minuto, mas muita gente não consegue atingir esse número. Ao falar, eleja expressões fortes, marcantes. Se coloque em uma postura correta, com ombros para trás e olhe para a pessoa com quem está falando, capriche nas expressões faciais e corporais. “A pessoa pode ser lenta, mas não precisa ser monótona”, alerta Leny Kyrillos.