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Fonoaudióloga contraindica o uso de bomba para sugar o leite materno

Agência Notisa - 28 de agosto de 2011 - 09:14

Agência Notisa – O aleitamento materno salva a vida de milhões de crianças todos os anos. Sua prática é fortemente incentivada pelos profissionais de saúde e apoiada pelas mães. Porém, muitas vezes, sua realização não é possível, sendo necessários outros mecanismos de nutrição para os recém-nascidos. Durante mesa-rendonda, realizada na quarta-feira (24), no 49º Congresso do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Ana Paula Barça mostrou o que a fonoaudiologia pode fazer por essas crianças.



Ana, que é fonoaudióloga do Hospital da Política Militar do Rio de Janeiro, dividiu as situações onde o aleitamento materno não é possível em: situações temporárias e permanentes. No primeiro caso, estão: prematuridade, problemas gastrointestinais, cardiopatia, problemas respiratórios e neurológicos. Todos relacionados ao bebê.



No caso das situações temporárias relacionadas à mãe, estão: administração de medicamentos (cuja prescrição será baseada nos risco beneficio), doenças infecciosas, doença de Lyme e hanseníase.



“Já as situações permanentes onde o aleitamento não é possível relacionadas ao bebê, são: lactentes com galactosemia, com doença da urina de xarope de bordo, com funilcetonúria e com problemas neurológicos (com risco de broncoaspiração). E as relacionadas à mãe são: HIV, uso de drogas de vício (nicotina e álcool) e de abuso (drogas ilícitas, como a maconha)”, explicou.



Segundo a especialista, se não existir nenhum impedimento para o aleitamento materno, e a criança puder se nutrir oralmente, o seio da mãe é a primeira opção. Quando isso não é possível, ela disse que é preciso estudar cada caso para se escolher a melhor forma de nutrição.



Ana explicou que o Ministério da Saúde aconselha o uso do copinho como o principal substituto do seio. Porém, existe, segundo ela, outras formas de aleitamento oral, como o finger-feeding (trata-se de uma sonda fixada ao dedo e conectada a um recipiente para que o bebê possa sugar o leite), a translactação e, em último caso, a mamadeira.



“A mamadeira é a ultima indicação por causa da confusão de diferentes bicos existentes, o que pode levar o bebê a negar o bico do peito da mãe. Além disso, com a mamadeira, não é preciso que o bebê faça muito esforço para sugar, o que pode prejudicar seu desenvolvimento”, lembrou a especialista.



Em todos os casos, a fonoaudióloga contraindica a ordenha do leite por bomba, aquelas facilmente encontradas nas farmácias. Segundo Ana, esses aparelhos podem contaminar o leite. “A melhor forma é ordenhar o leite manualmente. Pode demorar mais, porém dói menos e é mais segura, já que não tem o risco de infecção que a bomba tem”, ressaltou.



Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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