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Fogo está destruindo cidade em Mato Grosso

Só Noticias - 12 de agosto de 2010 - 09:32

As chamas que aterrorizam os moradores de Marcelândia, no Norte de Mato Grosso, \"entraram\" pela noite e serão combatidas, nesta 5ª feira por dois aviões que, juntos, têm capacidade para jogar 4,5 mil litros de água. O \"socorro\" chegou tarde – e muito tarde. O incêndio de proporções jamais vistas na cidade começou a ganhar grande proporção por volta das 12 horas de quarta-feira. O saldo é arrasador: pelo menos 15 madeireiras atingidas - maioria foi destruída totalmente. Outras tiveram parte da estrutura atingida. São cerca de 60 casas que também foram completamente destruídas. Um bar e uma mercearia também foram consumido pelas chamas.

As primeiras equipes dos bombeiros e defesa civil chegaram ainda na tarde de quarta-feira a Marcelândia. Um helicóptero deu apoio às operações dos militares. Os oficiais sobrevoaram a área e repassaram informações para as cúpulas e a Casa Militar do Governo Estadual que definiram a operação emergencial. \"Montamos uma estrutura inicial de combate, orientando a população, atendendo prioridades. As chamas ainda estão e a situação continua crítica. Estamos fazendo combate efetivo ao fogo e trabalho preventivo. Mas ainda não temos em levantamento exato da área destruída. Mas é grande\", afirmou o major Aluizio Metelo Junior, do Corpo Bombeiros, que está em Marcelândia.

As imagens são semelhantes a de um filme de terror. A destruição deixou rastro quilométricos. O incêndio começou no lixão, perto do setor industrial e passou para algumas áreas rurais. O vento forte fez as chamas se espalharem e atingiram um barracão de madeireira passando para a primeira colônia (conjunto de casas de madeiras usadas pelos funcionários). As madeireiras e casas ficavam próximas uma das outras. As chamas altas e o vento forte fizeram com que, cada vez mais, o fogo aumentasse, causando muito mais destruição e desespero.

Marcelândia, que faz parte do chamado “arco da destruição” por causa da incidência de incêndios florestais, não tem Corpo de Bombeiros. Mas, sua gente, tem muita solidariedade. Não demorou muito para que dezenas de pessoas passassem a ajudar os que estavam na \"linha do fogo\". Móveis, roupas, comida e demais pertences eram retirados das casas e colocados no outro lado da rua. Pás carregadeiras arrastavam madeira e toras que estavam nos pátios de outras madeireiras. Parte dos maquinários também foi salva.

Mas com o avanço rápido do jogo, pouco foi salvo. Alguns poucos tanques, rebocados com tratores e com bombas, jogavam pequena quantidade de água. A rede elétrica foi desligada para evitar mais problemas.

O desespero tomava conta de empresários, funcionários, mulheres, crianças. 84 foram encaminhadas para o hospital municipal, com intoxicação da forte fumaça e alguns com queimaduras. Cerca de 14 ainda permancem hospitalizadas para terem outros cuidados. Nenhuma corre risco de morte.

Mais de 100 pessoas desabrigadas foram levadas para escolas municipais e salão paroquial da Igreja Católica, onde ficarão nos próximos dias. Precisam de roupas e comida. Posteriormente, contarão com solidariedade para ganharem alguns móveis e recomeçarem a vida.

Ainda não é possível calcular o prejuízo com a destruição das madeireiras. Nesta 5ª, após os focos serem debelados, é que começa ser feito levantamento. A tragédia terá forte impacto na economia de Marcelândia, que tem a atividade florestal como um dos fortes pilares.

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