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Firmino entra, marca sobre o Chile e garante 8ª vitória do Brasil de Dunga
Atacante sai do banco para fazer gol decisivo, a exemplo do que havia ocorrido na Áustria, em atuação irregular da Seleção recheada de reservas
Roberto Firmino tem tudo para ser um dos bons personagens do futebol brasileiro. Em frente às câmeras ele fica nervoso, proporcionalmente à calma com que encara a camisa pentacampeã do mundo e os zagueiros adversários. É tão difícil tirar dele uma frase quanto a bola. Ele é tímido, mas se veste de maneira extravagante e carrega no corpo tatuagens aos montes. Se a figura é complexa, o futebol é simples e eficiente.
Eficiente mesmo. Dos 24 pontos disputados e conquistados pela Seleção depois da Copa do Mundo, quatro estão na conta dele. Neste domingo, ele repetiu o que havia feito contra a Áustria. Entrou no segundo tempo e fez o gol da vitória sobre o Chile: 1 a 0.
Foi a atuação menos consistente do Brasil sob o comando de Dunga. Explica-se pelas seis mudanças na equipe titular, feitas para que jogadores que buscam espaço na Copa América fossem observados. O Chile não pressionou, mas conseguiu impor sua proposta de jogo, sobretudo pela ótima atuação de Alexis Sánchez, que fez de tudo. Ou melhor, quase tudo.
O principal, quem fez foi Firmino. Aproveitou lindo passe de Danilo, deixou no chão o goleiro Bravo (e bravo), do Barcelona, e garantiu a oitava vitória em oito partidas pós-Copa.
Quando entrou contra a Áustria, o atacante do Hoffenheim, cobiçado por clubes como Liverpool e Arsenal (dono do estádio da vitória), estava pela primeira vez na Seleção. Dessa vez, ficou no banco para que outros tentassem assegurar uma vaga. A dele já estava carimbada antes do jogo começar. Uma ascensão relâmpago e merecida. Nem todos seguiram seu exemplo.
Souza, Philippe Coutinho e Luiz Adriano foram discretos. O canhoto Douglas Costa perdeu, de pé direito, a melhor chance do primeiro tempo. Mas não comprometeu, assim como Marcelo.
Se a partida serviu como prévia do que será a Copa América, em junho, podemos constatar que Neymar vai apanhar bastante, as partidas serão duramente disputadas – o Brasil levou, neste domingo, os mesmos quatro cartões amarelos que havia recebido em sete jogos –, e Alexis será protagonista. O atacante travou belo duelo com o zagueiro Miranda, outro destaque da partida.
A seleção brasileira voltará a campo no dia 7 de junho, em amistoso contra o México, no estádio do Palmeiras. No dia 10, enfrentará Honduras no Beira-Rio. Ambas as partidas já terão os jogadores convocados para a Copa América. A estreia no torneio está marcada para o dia 14, contra o Peru, na cidade de Temuco. Dunga convocará em maio. A vitória sobre o Chile ajudou a incluir e, provavelmente, excluir nomes da lista.