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Fiocruz identifica duas linhagens do coronavírus em MS

Pesquisa foi feita com amostras colhidas de pacientes em Corumbá

Midiamax - 09 de novembro de 2020 - 17:00

Fiocruz identifica duas linhagens do coronavírus em MS

Uma pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) identificou que há duas linhagens do coronavírus circulando na região pantaneira em Mato Grosso do Sul. A pesquisa foi desenvolvida por meio do diagnóstico molecular, com amostras coletadas no sistema de testes drive-thru na cidade de Corumbá, a 425 km de Campo Grande. A pesquisa mostrou que as linhagens do vírus têm origem na Europa e em países da América, como Brasil, Argentina e Estados Unidos.

A pesquisadora da Fiocruz em MS, Zoraida Fernandes explica que a pesquisa surgiu do interesse em conhecer as características genéricas do vírus que circula em Corumbá e nos municípios próximos. “[Dados podem] fornecer informações importantes sobre a possível origem da transmissão, as diferentes linhagens encontradas na região e, suas mutações, contribuindo dessa forma para as tomadas de decisão nas ações de vigilância em saúde”, disse a pesquisadora.

Duas linhagens do novo coronavírus foram identificadas, o que sugere ao menos duas introduções do SARS-CoV-2 na região de tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia. “Essas foram as primeiras sequências do genoma das linhagens do SARS-CoV-2 circulando em Mato Grosso do Sul a serem identificadas e que estarão disponíveis a comunidade científica mundial por bancos de dados internacionais”, explicou a pesquisadora Alexsandra Favacho, da Fiocruz MS.

Conforme informações divulgadas pela Fiocruz, foram identificadas as linhagens de SARS-CoV-2 B.1.1.28 e B.1.1.33. Uma das linhagens é frequentemente encontrada na Europa e se espalhou por todos os continentes, a outra é encontrada no continente americano, principalmente no Brasil, Estados Unidos e Argentina.

O sequenciamento genético das amostras colhidas em Corumbá foi feito em colaboração com duas unidades da Fiocruz. O sequenciamento é importante para entender o comportamento do coronavírus, não apenas as mutações, mas também as consequências do coronavírus na região.

O estudo continua para o mapeamento genético de uma maior quantidade de amostras coletadas desde o início das atividades do drive-thru até o último mês de coleta. O mapeamento vai ajudar a entender a dispersão do vírus na região pantaneira e em Mato Grosso do Sul.

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