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Fim da rastreabilidade deve render economia de R$ 100 mi

Famasul Noticías - 22 de outubro de 2004 - 14:10

O fim da rastreabilidade obrigatória para os pecuaristas pode render uma economia de até R$ 100 milhões no custo com o processo para o produtor rural de Mato Grosso do Sul. A notícia sobre o Sisbov facultativo chegou ontem (21) para a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) através do Fórum da Pecuária de Corte da entidade que participou de uma reunião na Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).



Os cálculos dos ganhos foram feitos pela equipe técnica da Funar (Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural), através de uma solicitação da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). Hoje, o Estado tem aproximadamente um terço do seu rebanho rastreado.



Apesar dos valores serem diferentes, o pecuarista terá um ganho se optar pela rastreabilidade. Conforme o presidente da Famasul, Léo Brito, a rastreabilidade obrigatória havia abaixado os preços da arroba não rastreada e o produtor que tinha seu gado no Sisbov não recebia a mais por ele. “Se recebíamos antes R$ 60,00 pela arroba quando não havia Sisbov, passamos a receber R$ 5,00 a menos para os gados não rastreados, enquanto o boi rastreado passou a valer R$ 60,00, ou seja, o produtor que optou pela rastreabilidade não ganhou nada”, explicou o presidente, frisando que o valor do boi deve subir se estiver no Sisbov.



Os economistas fizeram o cálculo através do número de abate em Mato Grosso do Sul. Com o fim do Sisbov obrigatório, o pecuarista ganha um poder de barganha de R$ 388 milhões entre o gado rastreado e não rastreado, considerando o macho com 17 arrobas e fêmea com 13,5. “Nós não somos contra a rastreabilidade, só queremos uma alternativa e também ter poder de barganha para os nossos produtos”, esclareceu Brito.



Hoje, a arroba do gado rastreado está em R$ 60,00, enquanto a do não rastreado cerca de R$ 54,00. O custo para rastrear é de aproximadamente US$ 2 por cabeça. Mato Grosso do Sul é o estado com o maior número de gado no Sisbov. “Os produtores vão continuar cuidando da sanidade do seu rebanho. Nós temos um compromisso com o consumidor com a qualidade e a segurança alimentar”, frisou o presidente da Famasul.



A expectativa é de que a arroba do gado não rastreado suba para R$ 60 enquanto a do não rastreado chegue a R$ 64.



A rastreabilidade facultativa foi um pleito da Federação da Agricultura ao Ministério da Agricultura. A rastreabilidade é uma exigência somente do Mercado Comum Europeu e estava atingido a todos os produtores, indistintamente de produzirem para exportação ou não.



Em relação às exportações, permanece a exigência dos frigoríficos de comprarem animais para abate registrados no Sisbov há pelo menos 40 dias. Também será mantida a exigência de registro dos animais importados. A regulamentação das novas normas de rastreabilidade será editada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nos próximos dias.


Autor:
Fabiane Sato

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