Ulf Lindberg, que vive na Suécia, é fruto de uma aventura amorosa de Mané Garrincha com uma sueca durante excursão do Botafogo pela Europa em 1959.


No próximo domingo (29), completam-se 50 anos da conquista da Copa de 58, o primeiro mundial de futebol vencido pela seleção brasileira. Para celebrar a data, estará em Curitiba (PR) o filho sueco do craque Mané Garrincha, Ulf Lindberg, fruto de uma aventura amorosa do “anjo das pernas tortas” durante uma excursão do Botafogo pela Europa em 1959.

Lindberg, que vive na Suécia, vem ao Brasil a convite do Torto Bar, um bar temático de Curitiba decorado com fotos e recordações da carreira do maior ponta-direita que o mundo viu jogar.

Na véspera do cinqüentenário da final da Copa de 58, sábado (28), o filho de Garrincha participará de um bate-papo com freqüentadores do bar e convidados como o ex-jogador Sicupira, que jogou com Mané no Botafogo, e o cronista esportivo Vinícius Coelho, que conviveu com o craque no Sul-Americano de 1959.

O encontro de Lindberg com os fãs do pai será no Torto Bar (Paula Gomes com Duque de Caxias) a partir das 15 horas. Para participar, basta levar um agasalho. As doações serão entregues à Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba. Além do bate-papo, serão exibidas imagens da carreira de Garrincha e narrações originais dos jogos da seleção nas copas de 58 e 62.

Já no domingo (29), Lindberg irá ao clássico Atletiba, na Arena da Baixada, e fará uma homenagem aos campeões de 58 no intervalo do jogo.

O herdeiro – O filho de Garrincha herdou do pai sua principal característica, as pernas tortas. Mas, ao contrário de Mané, não nasceu com o dom dos dribles desconcertantes. Mesmo assim, a semelhança física deles é impressionante.

Lindberg, de 49 anos, foi abandonado pela mãe um ano após o nascimento e não chegou a conhecer o pai, mas acredita saber quase tudo da vida de Garrincha graças a livros e filmes. Em 2005, fez sua primeira visita ao Brasil, quando teve contato com as 10 irmãs brasileiras.

Torto Bar – O Torto Bar surgiu em 2003 da paixão do seu proprietário, Arlindo Ventura, pela trajetória de Mané Garrincha. Ventura, um paulista de 35 anos, não teve o privilégio de ver o ídolo em campo. Mas não se esquece de quando, aos 10 anos, soube da notícia da morte de Mané.

Encantado pelas histórias que ouvia, Ventura tornou-se um aficionado pelo craque. Passou a colecionar LP’s, jornais, revistas, fotos e adquiriu um hábito, o de visitar todos os anos a cidade em que Mané Garrincha nasceu, Pau Grande (RJ). Ali, conheceu casos sobre o ídolo que até hoje nenhum biógrafo ou jornalista relatou.

Antes mesmo de abrir o Torto Bar, Ventura já se dedicava à organização de exposições sobre Mané. O acervo acabou tornando-se a decoração do bar, indicado e eleito como o melhor boteco da cidade pela revista Veja Curitiba por anos consecutivos.