Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 28 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Filha da cuidadora da Casa de Apoio de Barretos faz uma revelação

Redação - 21 de outubro de 2015 - 15:25

O departamento de jornalismo da Rádio Patriarca recebeu e-mail de Ana Carolina, filha da dona Léia, cuidadora da Casa de Apoio de Barretos. Ela faz uma revelação. Vale a pena ler:

Meu nome é Ana Carolina, tenho 20 anos e sou a filha da Gisléia, que na verdade é conhecida como “Dona Leia”.
Há alguns dias ouve uma repercussão muito grande sobre a casa de apoio de Barretos, sobre fechamento e cortes de gastos.


E venho por essas palavras explicar o porquê de tantas pessoas defendem com unhas e dentes, a dona Leia e casa de apoio que ela trabalha.


Não é nada fácil descobrir que está com câncer ou que uma pessoa querida está. A quase 4 anos atrás minha vó materna que já é falecida, foi diagnosticada com a câncer terminal. Nossa família ficou arrasada, pois não podíamos fazer nada, e logo em seguida começou as incansáveis viagens a Barretos. Lembro-me, que minha mãe ficava meses em Barretos, apenas nos mandando noticias. Foi muitos anos de sofrimento e luta, e infelizmente minha vó não agüentou. Logo que minha vó faleceu, minha mãe conseguiu o serviço na casa de apoio em Barretos, e então se mudou para trabalhar.


Quando você descobre uma doença dessas, a família e a pessoas fica extremante abaladas, psicologicamente e emocionalmente. Câncer se tornou um nome tão pesado, que quando dito já vem uma carga de dores.
Minha mãe entende exatamente o que acontece com essas pessoas, e quando qualquer pessoa chega a Barretos é acolhido antes de descer no ônibus, ela espera todas as segundas e sextas bem cedo no portão da casa com uma roupa florida de costume e com uma xícara de café.


A casa de apoio de Barretos se tornou uma família, com varias pessoas diferentes, porém que passam pela mesma situação. Existem casos que as pessoas devem ficar hospedadas por quase 3 meses por conta do tratamento. E minha mãe faz de tudo para que elas se sintam a vontade, se sente confortáveis, e que tenha amigos para conversar e também dar apoio.


Entendo que nossa prefeitura está passando por transtornos de organização, e acredito eu que agora devemos organizar o que não está certo. E o que está ocorrendo bem deixar continuar.

NR: o e-mail foi enviado antes da decisão do prefeito de manter a casa de apoio.

SIGA-NOS NO Google News