Uma função importante para o bom desempenho do rodeio é exercida pelo porteireiro. O profissional fica dentro da arena em contato direto com o peão e abre a porteira na hora da montaria. O competidor quando se sente preparado para sair em cima do touro pede para o porteireiro abrir a porteira e soltar o boi. Daí o nome “dá a solta”.

Antônio Roberto Chella há dez anos trabalha no rodeio de Barretos e foi eleito em 2011 como o “Melhor porteireiro do Brasil” pela equipe Roseta. Segundo ele, o manejamento incorreto da porteira pode causar sérios acidentes. “Uma batida mínima que seja pode desequilibrar o peão e Dar um fim a montaria”.

É preciso percepção, sintonia, atenção e concentração no peão e no touro. O porteireiro precisa entender o sinal quando o peão está preparado e o modo como o boi sai do brete. Chella diz que o touro tem que sair alinhado para a arena, olhando para o lado da porteira. Assim ele acompanha a solta e encontra o caminho da saída. Caso contrário o animal pode bater na porteira, puxar o peão para a cabeça e levá-lo ao chão. A abertura não pode ser lenta e nem rápida demais para não assustar o boi.

Não existe curso para porteireiro. Chella foi competidor de montaria em touros durante 10 anos. Trabalhou como salva vidas por 6 anos e desde 1983 exerce a função de porteireiro. “No começo foi como uma brincadeira” confessou. Com o passar do tempo foi aperfeiçoando a função. E hoje é um dos melhores profissionais do mundo do rodeio. Apenas lamenta ter uma função importante, mas pouco valorizada.