Aniversariante do dia, a levantadora da seleção brasileira feminina de vôlei, Fernanda Venturini ainda não ganhou o seu presente preferido ao completar 33 anos: a medalha de ouro da competição. Para comemorar o aniversário e a volta à seleção brasileira, a jogadora quer superar a dificuldade de ficar longe da filha Júlia e subir ao lugar mais alto do pódio. Fernanda embarca hoje para o Japão, onde o Brasil irá lutar pelo inédito título da Copa do Mundo, entre 1º e 15 de novembro, e também por uma das três vagas para os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.

“Se voltei é porque quero e sei que o Brasil pode conseguir este título. Não vou ao Japão, um lugar tão longe, para passear. Até porque já fui lá muitas vezes. Meu maior presente será superar todo o sacrifício de ficar longe da minha filha por todo esse tempo e ser campeã. Vai ser uma viagem longa e cansativa. Mas a maior dificuldade será ficar tanto tempo longe da Júlia. Quando voltei, já sabia que seria assim. Não tem como eu levá-la. Estou me preparando para este sofrimento. Até decidi que não quero que ela me leve ao aeroporto para não ter choradeira”, contou.

Longe da filha, a jogadora será uma das líderes da equipe brasileira no oriente. E, com toda a sua experiência, a levantadora sabe que o Brasil tem chances reais de conseguir o título. “O grupo está em um momento muito bom, crescendo técnica e taticamente. Na parte física, ganhamos muito desde os amistosos contra os Estados Unidos. O time está muito determinado. Estamos no caminho certo. Esta será uma boa oportunidade para o Brasil voltar ao lugar mais alto do pódio e conseguir a vaga para Atenas”, ressaltou.

Para Fernanda, o caminho do Brasil rumo ao ouro da Copa do Mundo e a Atenas terá alguns obstáculos difíceis de serem ultrapassados. “Com a ausência da Rússia, China e Estados Unidos serão os nossos principais adversários. O jogo contra as chinesas, a nossa estréia, será uma partida-chave“, afirmou.