As férias chegaram e interromperam a trajetória de alta da gasolina nos postos de combustível de Campo Grande. A tendência, segundo o vice-presidente do Sinpetro, Nilton Brás Giraldelli, é que até fevereiro os preços caiam, já que muitas pessoas viajam para fora do Estado e o movimento cai bruscamente.

“O pessoal tem que cumprir a galonagem com a companhia e acaba baixando o preço, muitas vezes tomando prejuízo”, diz, referindo-se à meta de venda acertada com a distribuidora. Além disso, afirma, a concorrência deve determinar como ficarão os preços.

Nas últimas semanas os preços da gasolina e do álcool subiram vertiginosamente em Mato Grosso do Sul. No caso do álcool hidratado a explicação é o aumento repassado pelas usinas, por conta da entressafra, mas ao mesmo tempo as margens de lucro foram reajustadas. A gasolina, que recebe 25% do álcool anidro, aumentou principalmente por conta da revisão dos lucros.

Já nesta semana a nova pesquisa da ANP (Agência Nacional Petróleo) aponta redução no preço médio da gasolina, de R$ 0,01, na Capital. Passou de R$ 2,811 a R$ 2,803 o valor médio do litro. Foram pesquisados 58 estabelecimentos, dois a menos que na semana anterior. O menor preço encontrado foi de R$ 2,55 contra R$ 2,61 na semana anterior. Já o maior preço caiu de R$ 2,875 a R$ 2,849.

Lucro – A margem média de lucro dos postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul é de R$ 0,526 por litro, a quarta maior do País, atrás apenas do Mato Grosso, Tocantins e Alagoas.

Antes da trajetória de alta da gasolina, em outubro, os postos lucravam R$ 0,392 por litro comercializado da gasolina e pagavam R$ 2,242 à distribuidora. Hoje pagam 2,278 e lucram 34% a mais. O setor argumenta que tem altos custos para adequação à legislação ambiental e também culpa a cara tributária de Mato Grosso do Sul.