Felipe Massa culpou, nesta quinta-feira, os problemas mecânicos enfrentados pela Ferrari e os erros cometidos pela equipe italiana em algumas provas desta temporada pela quarta posição que ocupa no Mundial de Fórmula 1, 21 pontos atrás do líder Lewis Hamilton, da McLaren.

Massa, que iniciou a temporada como um dos favoritos ao título após a aposentadoria do heptacampeão Michael Schumacher, terminou apenas em 13° lugar no Grande Prêmio da Hungria do fim de semana passado, após ter sido prejudicado por uma falha da equipe no reabastecimento do carro no treino classificatório.

"A gente pecou em algumas corridas e é esse o problema para o campeonato estar como está neste momento", disse a jornalistas Massa, que largou em 14o na Hungria e só conseguiu ganhar uma posição, enquanto Hamilton venceu de ponta a ponta. "Se isso (problemas) não tivesse ocorrido, estaríamos no topo do campeonato", garantiu o brasileiro, que ainda foi desclassificado do GP do Canadá, em junho, após ter deixado os boxes com sinal vermelho.

O piloto da Ferrari, que venceu duas de 11 provas este ano, contou não ser "amigo" de seu companheiro de equipe, o finlandês Kimi Raikkonen, que está um ponto à sua frente no campeonato, 60 a 59. O bicampeão mundial Fernando Alonso, da McLaren, é o segundo colocado, com 73 pontos.

"Mas a gente consegue trabalhar de maneira profissional. A partir do momento que isso acaba, vira guerra e é isso que estamos vendo na outra equipe (McLaren)", disse ele, lembrando o clima tenso vivido pelos pilotos da escuderia adversária.

Massa está em São Paulo durante o período de folga da temporada de Fórmula 1 e anunciou a participação de Michael Schumacher na corrida de kart que ele ajuda a promover ao final de cada temporada.

A distância das pistas, entretanto, não aliviou a rivalidade entre o brasileiro e o espanhol Alonso. A polêmica foi levantada pelo próprio Massa, ao ser questionado se a disputa entre Ferrari e McLaren o impediria de convidar para a festa a dupla de pilotos do time britânico. "Vou convidar, lógico. Quer dizer, o Alonso eu não sei, vamos ver", disse Massa a repórteres, que insistiram em questionar se a presença de um bicampeão do mundo não seria importante para o evento. "Ia? Vamos ver", respondeu. "Principalmente no final da reta seria legal."

As rusgas entre o brasileiro e o espanhol começaram no GP da Espanha deste ano, quando, depois de um toque entre o carro dos dois, Massa ultrapassou Alonso para vencer a prova na casa do rival e provocar reclamações públicas do espanhol à imprensa.

Os ânimos voltaram a se acirrar no final do mês passado, quando Alonso venceu o chuvoso GP da Europa após ultrapassar Massa após um novo toque. Depois da prova, Alonso acusou Massa de ter provocado a batida propositadamente e os dois pilotos tiveram uma ríspida discussão em frente às câmeras de TV.

MARATONA

O piloto brasileiro, que tem casamento com a namorada Rafaela marcado para o final de novembro, se prepara para uma maratona após o termino da temporada, no dia 21 de outubro, com o Grande Prêmio do Brasil.

Nos dias 24 e 25 de novembro, ele participará da prova de kart Desafio Internacional das Estrelas em Florianópolis -- que terá a presença de Schumacher -- e no dia 1o de dezembro participará de outro evento comemorativo, as 500 Milhas no kartódromo da Granja Viana, na Grande São Paulo; "A gente acaba arrumando um tempo para a lua-de-mel", disse ele, que vai se casar dia 30 de novembro.

Para Massa, que é um dos organizadores do Desafio Internacional e o atual vencedor da prova, o fato do heptacampeão Schumacher estar longe das pistas há quase um ano não tira seu favoritismo no evento de Florianópolis. "Com ele você nunca pode ficar com o pé atrás", alertou. "Ele sempre entra na pista para vencer."