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Geral

Feijão e carne são vilões da inflação, diz FGV

20 de junho de 2008 - 16:21

Os preços do feijão e das carnes estão subindo no varejo, e devem ser acompanhados de perto daqui por diante - pois serão algumas das principais pressões que podem puxar para cima a taxa do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) nas próximas apurações do índice. A análise é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros.

De acordo com ele, entre a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de maio e igual prévia em junho, a taxa de elevação nos preços das carnes bovinas passou de 1,71% para 5,37%. Ele informou ainda que foram observados fim de deflação de preços em feijão preto (de -1,22% para 5,91%); e feijão carioquinha (de -10,72% para 2,10%).

O economista alertou que essas pressões, nesses dois produtos, aparentam ser persistentes. Diferente dos comportamentos de preços dos alimentos in natura, a trajetória de preços de carnes e feijão não é muito oscilante. Além disso, esses dois itens têm peso expressivo na formação da inflação do varejo - principalmente as carnes.

A demanda por esses dois produtos está muito mais forte do que a oferta. No caso do feijão, esse produto teve elevação de 26,39% no atacado na segunda prévia de junho - taxa de elevação que, em parte, pode ser repassada para o varejo. Já as carnes bovinas acumulam alta de 32,15% em 12 meses até a segunda prévia de junho. "Um sinal preocupante é que não estamos ainda na entressafra desse produto, que começa em meados de agosto", completou.

Outro fator apontado pelo economista é que, quando o preço da carne bovina sobe, outros tipos de carne também mostram avanço de preços, acompanhando o preço da carne vermelha. Na passagem da segunda prévia do IGP-M de maio para igual prévia em junho, foram apuradas acelerações de preços em frango em pedaços (de 0,55% para 1,81%); e frango inteiro (de 1,69% para 2,59%).






Agência Estado/JP

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