“Foi uma fatalidade o que aconteceu com esse jovem”. Foi essa a avaliação do presidente da Femems (Federação de Motociclismo de Mato Grosso do Sul), Firmo Henrique Alves, entidade a qual os motoclubes estão subordinados, sobre a tragédia da morte do motociclista Felipe Safandi Alves Nogueira, 18. O jovem estreava no Campeonato Estadual de Enduro em Maracaju, a 164 km da Capital, nesta tarde, quando numa curva de nível perdeu o controle da motocicleta, caiu ao solo, quebrou o pescoço e foi a óbito.
Para Alves, todos os atletas que participam de esportes radicais estão sujeitos a acidentes. Ex-piloto e campeão estadual de enduro, o presidente da federação conta que já esteve perto da morte em uma das competições. “Foi uma trilha boiadeira, perto de Campo Grande, mas não tinha ambulância por perto. Quebrei quatro vértebras. Demorei 4 horas para chegar até a cidade. Fiquei 90 dias sem saber se voltaria a andar. Só não fiquei paraplégico porque não desmaiei na hora. A gente que tem paixão pelo esporte sabe do risco”.
No caso de Felipe Nogueira, Alves diz que é importante preservar a memória do esportista. Salienta a fatalidade como causa do acidente, pois não houveram falhas nos equipamentos de segurança do motociclista e problemas mecânicos ou de percurso – como erosões – também já foram descartados, segundo ele.
O presidente da entidade diz ainda que em todo o mundo o motociclismo, como esporte radical, está no 5º ranking em mortes. Em primeiro lugar está o alpinismo seguido pelo vôo livre, Rugby e automobilismo, em quarta colocação.
O jovem Felipe Safandi Alves Nogueira era filho caçula do secretário estadual de Produção e Turismo, Dagoberto Nogueira (PDT) e da educadora Maria Verônica Nogueira. O velório acontece neste momento no cemitério Parque das Primaveras.