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Fechar uma pequena empresa leva em média 111 dias

Irene Lôbo e Gláucia Gomes /ABr - 20 de agosto de 2007 - 19:58

Brasília - Os pequenos empresários brasileiros levam, em média, 111 dias para fechar uma empresa muitas vezes já extinta. Os dados estão na pesquisa Taxa de Sobrevivência e Mortalidade das Micro e Pequenas Empresas, divulgada hoje (20) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O documento mostra que em 2003, das 180 empresas extintas pesquisadas, 48 levaram em média 113 dias para dar baixa em suas atividades. Em 2004, das 127 empresas extintas, 37 levaram 137 dias e em 2006, das 446 empresas extintas pesquisadas, 145 gastaram 84 dias para encerrar legalmente suas atividades.

Dados sobre o tempo que os empresários levam para fechar legalmente suas empresas aparecem pela primeira vez na pesquisa. Entre os motivos apresentados para o não fechamento legal de algumas empresas criadas em 2005, 39% dos empresários responderam que tinham esperança de reativar a empresa, e 23% apontaram como motivo a burocracia.

“Nós precisamos cada vez mais dialogar com os ministérios e com o governo, porque a Lei Geral de Pequenas e Micro Empresas foi aprovada agora, precisa ser implementada. A lei prevê mais acesso a crédito, acesso a fundos tecnológicos, compras governamentais, tratamento diferenciado e simplificado em termos administrativos. É preciso tirar a lei do papel não só nas questões tributárias, mas também nos outros aspectos que a lei prevê”, afirmou o presidente do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto.

A pesquisa analisou diversos aspectos em 14.181 empresas ativas e extintas em todo o país nos anos de 2003 a 2005. Em relação ao perfil dos empresários, por exemplo, a pesquisa mostra que o homem continua à frente dos negócios. De um total de 13.428 empresas ativas, 64% eram comandadas por homens e das 753 extintas, 61% tinham homens como principais administradores, com idade média entre 38 e 39 anos.

Antes de abrir um negócio, 51% dos empresários pesquisados de empresas ativas eram funcionários de empresas privadas. Nas empresas extintas, o percentual de ex-funcionários de empresas privadas era de 39%. Outro dado apresentado na pesquisa é que em 2005, 39% dos donos de empresas extintas abriram outro negócio após o fechamento de suas empresas. A porcentagem subiu se comparada à pesquisa anterior (2000/2002), quando 14% dos empresários afirmaram o mesmo.

O principal motivo que levou os empresários a abrirem uma empresa foi o sonho de ter o próprio negócio (60%), a identificação de uma oportunidade de negócio (43%) e a necessidade de aumentar a renda (37%). Dinheiro disponível, desemprego e incentivos governamentais estão entre os motivos citados para a abertura da empresa.

Em média, o capital investido nas empresas ativas para a compra de máquinas, equipamentos e mobiliário girou em torno de R$ 46,4 mil em 2003; R$ 43,9 mil em 2004 e R$ 61,5 mil em 2005. Nas empresas extintas, a média de investimento foi de R$ 28,6 mil em 2003; R$ 34,8 mil em 2004 e R$ 43,9 mil em 2005.

Em relação à recuperação dos recursos investidos quando as empresas foram extintas, em 2003 20% dos empresários disseram que conseguiram reaver todo o capital investido, enquanto 22% disseram que perderam tudo. Já em 2005, 17% dos empresários afirmaram ter recuperado entre 20% e 30% dos recursos, e 13% disseram que recuperaram tudo.





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