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Fazendeiro que abandonou gado perde licença para mexer com animais

Correio do Estado/Agrolink - 18 de maio de 2019 - 11:13

Animais estão extremamente debilitados - Divulgação / PMA
Animais estão extremamente debilitados - Divulgação / PMA

Além de multado em R$ 135 mil, produtor rural que abandonou 270 cabeças de gado sem pastagem e sem água em uma fazenda perdeu todas as licenças para qualquer tipo de atividade animal, que envolve desde criação até transporte, segundo informou a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).

Situação foi flagrada pela Polícia Militar (PMA) que foi até a fazenda, localizada em Paranaíba, após receber denúncia de maus-tratos aos animais.


Na propriedade, pastagem estava totalmente degradada, apresentando apenas terra, sem grama, em grande parte, de onde o gado não podia mais retirar alimento. Todos os animais estavam extremamente debilitados, com alguns deitados sem conseguir se levantar, e 17 deles já estavam mortos por desnutrição.


Conforme o Iagro, outros animais morreram após o flagrante, somando 30 cabeças de gado.


Gerente de sanidade animal do Iagro, Rubens de Castro Rondon, afirma que assim que foram acionados pela PMA, equipe autuou o proprietário, que mora em Três Lagoas, e “interditou as fichas”, nome dado a retirada da licença.


Além disso, foi encaminhada denúncia para o Ministério Público, com solicitação para que o órgão entre com pedido de liminar na Justiça para que o pecuarista seja obrigado a fornecer ração aos animais que sobreviveram.


Caso a medida não seja determinada, o que cabe ao Iagro é o sacrifício. Segundo o gerente de sanidade animal, a Agência não tem no plano recursos ou como comprar ração para os animais e, além disso, rebanho não foi vacinado contra a febre aftosa e não é permitido o transporte sem a vacina, ao mesmo tempo que eles muito desnutridos para receberem a dose.


ABANDONO
O proprietário não mora na fazenda e vizinhos informaram que há aproximadamente três meses não aparece ninguém na propriedade, estando a sede abandonada e deteriorada.


Ele foi autuado administrativamente e multado em R$ 135 mil por maus-tratos aos animais e mais R$ 10 mil por degradação das matas ciliares de córrego existente na fazenda.


Ele também responderá por crime ambiental de maus-tratos a animais, que tem pena prevista de três meses a um ano de detenção e por degradação de área protegida de preservação permanente, com pena prevista um a três anos de detenção.

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