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Geral

Fator Rússia pode encarecer carne em MS

24 de novembro de 2007 - 08:57

O governo russo suspendeu o embargo à carne bovina e suína brasileira, informou hoje (23) o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. A partir de 1º de dezembro (e não a partir do dia 5, como havia sido divulgado anteriormente), o país voltará a importar o produto do Brasil. A Rússia tinha proibido a importação de carne brasileira em dezembro de 2005, logo após a identificação de focos de febre de aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná. Stephanes justificou a demora do governo russo em decidir pelo fim do embargo.

"Tínhamos algumas fragilidades no nosso sistema de sanidade animal, mas temos trabalhado para melhorar e levamos quase dois anos para o saneamento de todas as questões", disse.

O ministro, no entanto, admitiu que os preços das carnes podem aumentar, influenciados pelo mercado internacional. "O preço, de modo geral, está sendo ditado pelo mercado externo. Há uma demanda aquecida e os preços em nível internacional tem melhorado. Claro que isso tem reflexo também no mercado interno", explicou.

Embargo

Na época da descoberta dos focos, uma comissão do governo russo veio ao Brasil e fez uma série de exigências para restabelecer as importações. A principal era que o país ficasse livre da aftosa. Os técnicos russos também recomendaram melhorias na fiscalização e nas condições de armazenamento da carne pelos frigoríficos. Após várias inspeções, uma última missão veio ao Brasil em setembro para uma nova avaliação.

O relatório final, divulgado hoje (23), dá sinal verde para novas compras. O ministro garantiu que não haverá novos embargos russos. "O entendimento com a Rússia tem sido muito bom. Não vemos nenhuma possibilidade de retrocesso”, afirmou.

De acordo com o ministro, o Brasil hoje vende carne para 180 países, sendo a Rússia o maior comprador. Para lá, vão 15% das nossas exportações de carnes bovinas e 70% das de carne suína. Com o desembargo, o ministro espera maior incremento no setor, cujas vendas têm crescido entre 18% e 20% ao ano.

"Qualquer crescimento nas exportações para a Rússia é muito importante", disse. Stephanes avaliou também que outros países poderão ampliar as compras do Brasil ao serem informados do fim do embargo russo. O aumento das exportações, afirmou Stephanes, não trará escassez de carne para o mercado interno. “A produção nacional está crescendo e tem condições de atender tanto o mercado interno quanto o externo”, assegurou.



Agência Brasil

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