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Farmacêuticos alertam pacientes com suspeita de dengue a não se automedicarem

Campo Grande News - 08 de fevereiro de 2020 - 08:30

O CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul) criou uma campanha de conscientização e capacitação dos profissionais da área para tentar impedir a automedicação dos pacientes com suspeita de dengue. Isto porque alguns remédios, em especial os anticoagulantes, aumentam o risco de sangramento e hemorragia e podem levar o paciente a morte.

A campanha foi lançada na quinta-feira (6) por meio do site do conselho. Nele, os profissionais têm acesso a cursos gratuitos que tratam tanto sobre a dengue, quanto zika vírus e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. Há também vídeos sobre diagnóstico, cuidados e notificações sobre estas doenças.

Os conhecimentos adquiridos por estes profissionais devem resultar em mudanças no atendimento aos clientes que procuram por medicamentos sem receita médica nas farmácias, em especial os derivados de Ácido Acetilsalicílico, mais conhecidos como AAS.

O problema é que alguns pacientes confundem os sintomas da dengue com os da gripe, por exemplo, procuram a farmácia antes de ir até o médico e se automedicam. Ocorre que, nem todos os remédios podem ser ingeridos por pessoas infectadas com o vírus, com risco de agravamento da doença.

As farmácias precisam deixar uma lista com o nome dos medicamentos que não podem ser usados em casos suspeitos da doença.

De acordo com o assessor técnico do CRF/MS, Adam Macedo Adami, em geral, todos os anti-inflamatórios podem aumentar a tendência hemorrágica na dengue e por isso são desaconselhados.

“É importante iniciar a abordagem dos sintomas da dengue com medidas não farmacológicas tais como: repouso e ingestão de líquido. Caso seja necessário o uso de medicamentos para o tratamento de febre ou dor deverão ser utilizados medicamentos à base de paracetamol ou dipirona, de forma racional, respeitando os intervalos entre as doses e a dose máxima diária”, explica.

Dengue em MS - Desde o dia 1º de janeiro, foram 9.053 notificações da doença em Mato Grosso do Sul. Deste total, 2 mil casos foram confirmados.

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