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Família pega dengue e se depara com vizinhos doentes em hospital

Vítimas apresentaram sintomas e suspeita inicial era de virose. Elas reclamam do descaso com o bairro de MS, por conta de inúmeros terrenos baldios e mato alto.

G1MS - 21 de janeiro de 2019 - 17:00

Mãe, pai e o neto, um adolescente de 13 anos. Em uma semana, todos internados em um hospital de Campo Grande e com o mesmo diagnóstico: dengue. E a surpresa não parou por aí, segundo a técnica em segurança do trabalho, Tânia da Silva Ribeiro, de 34 anos, que encontrou o vizinho com os filhos, também infectados pelo vírus. A família reclama com o descaso no Jardim Oliveira II, principalmente por conta de inúmeros terrenos baldios e mato alto.

"A gente estava no hospital e, em seguida, nossos vizinhos da rua de trás chegaram. Primeiro nós levamos a minha mãe e depois meu filho, que mora com os avós e internou com 37 mil plaquetas. Já o filho do vizinho, conforme informaram lá, estava com 15 mil plaquetas. Quando todo mundo se encontrou, foi uma indignação enorme, principalmente por conta do descaso com o nosso bairro", afirmou ao G1 Tânia.

No dia 12 de janeiro, a mãe da Tânia, uma aposentada de 59 anos, foi para o hospital com sintomas de cansaço e algumas manchas no corpo. "Ela passou uma semana internada e teve alta médica ontem. No caso dela, as plaquetas subiram pra 60 mil, sendo que o normal é 150 a 400 mil. Agora o tratamento é muita agua e dipirona. Os sintomas do meu pai, que é aposentado e tem 62 anos, começaram no mesmo período, mas, ele só foi depois ao hospital", explicou Ribeiro.

O adolescente, que em um primeiro momento foi diagnosticado com virose, também retornou ao hospital e estava com dengue. "Lembro que, quando estávamos saindo, outras três pessoas estavam dando entrada para internação, também com dengue. Eu já tive essa doença duas vezes, é algo muito preocupante. Meus pais são super cuidadosos com o quintal, mas, ao lado da casa deles existem dois terrenos baldios", contou Tânia.

Visitas domiciliares
Questionada sobre os fatos, a assessoria de imprensa da prefeitura diz que os agentes comunitários de saúde e os de combate às endemias realizam, periodicamente, visitas domiciliares, orientando os moradores sobre os cuidados a serem tomados, para evitar a reprodução do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Aliada a este trabalho de visita aos domicílios, são recolhidos materiais inservíveis nos terrenos baldios, mas, a responsabilidade pela manutenção é do proprietário. Quando dos casos notificados, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) realiza o serviço de borrifação (fumacê), a fim de diminuir a incidência de novos casos na região. Ainda conforme a prefeitura, esta ação não pode ser considerada a única e a mais importante, quando o cuidado que cada morador precisa ter dentro da sua própria casa.

A prefeitura ainda destava que, em 80% dos casos, as larvas do mosquito são encontradas em ambiente domiciliar, por isso é muito importante que cada morador seja uma ator social fundamental no combate ao aedes.

Quanto à incidência - O Levantamento rápido de índices para Aedes aegypti (LIRAa) de novembro de 2018 indicava que não foram encontrados focos do Aedes em nenhum dos imóveis vistoriados no Jardim Oliveira II. No entanto, um novo levantamento será divulgado nos próximos dias e esse dado pode ter alterações.

Reclamações podem ser feitas na ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS), pelo telefone: (67) 3314-9955, que atende das 7h às 22h (de MS). Presencialmente na Rua Bahia, n° 280, das 7h às 17h. O número 156 também é um canal de denúncias, lembrando que é crime ambiental jogar lixo em terreno baldio.

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