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Família de Rogerinho fala sobre crime à Ana Maria Braga
A família do garoto Rogério Mendonça, morto aos 2 anos depois de uma briga no trânsito em Campo Grande, é convidada hoje do Programa de Ana Maria Braga.
Avó, mãe, irmã e o tio de Rogerinho viajaram ao Rio de Janeiro para falar sobre o crime, ocorrido na quarta-feira passada.
O tio, Aldemir Pedra, que dirigia a camionete L-200, envolvida na briga que acabou com tiros que mataram o menino, também participa do Programa.
No estúdio, a família conta detalhes sobre o assassinato e como estão agora, 5 dias após a morte.
A mãe, Ariana Mendonça, levou fotos de Rogerinho e lembrou de momentos com o filho. Tirei ele da escola neste ano, por medo da gripe suína, de tanto medo que eu tinha de perder ele. A gente vivia grudado, ele dizia todos os dias que me amava.
Da apresentadora Ana Maria Braga, os parentes receberam conforto. Não sei qual o tamanho da dor de vocês, mas admiro a força, comentou.
A avó Adriana Mendonça contou que a Polícia espera o avô do menino, João Alfredo Pedra, se recuperar do tiro que levou para prestar depoimento e esclarecer o que levou o jornalista Agnaldo Gonçalves a atirar contra a camionete , depois de uma discussão com o tio do garoto.
A Polícia diz que quer saber se o homicídio foi por motivo fútil. Se matar uma criança desse jeito não é motivo fútil, então o que é?, questiona Adriana.
O tio, Aldemir, tentou durante toda a entrevista, negar qualquer responsabilidade em relação ao crime. Ele admitiu que bateu-boca com Agnaldo, mas lembrou que nada justificaria uma reação a tiros.
Eu estava ao lado dele, ele poderia ter atirado em mim, mas atirou em direção das crianças, acusou.
A mãe levou a menina Ana Maria, de 5 anos, ao programa, e contou que a menina não dorme mais, depois de ter visto o irmão baleado. Ela estava no carro com Rogerinho, no momento do crime. O pai dele também não come, disse sobre o pai do garoto.
Um especialista também foi chamado para participar do programa e falou sobre a violência que transforma discussões banais em tragédias. Espero que a pessoa que atirou sinta culpa, porque em alguns casos que pessoas são capazes de cometer crimes monstruosos e não aprender com isso, disse o psicólogo Antônio Egídio Nardi.