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Família cancela pacote para pousada que ficou soterrada
A falta de hospital perto da Pousada Sankai, em Ilha Grande, foi o único motivo que fez Mário Marques, sua esposa e a filha de 10 meses não estarem entre as vítimas que foram soterradas nesta madrugada.
Conforme escreveu em seu blog, quando estava acessando o site do banco para efetuar a transferência a esposa de Mário questionou se havia hospital na ilha. Como não havia, ela se recusou a ir, por causa da bebê.
"Eu ainda tentei demovê-la. Argumentei que Angra era muito próxima de barco e que não haveria problema nenhum. Mas ela insistiu. Disse que achava arriscado. Então viramos o leme, desistimos do depósito e partimos para um hotel-fazenda no Sul de Minas", escreveu.
"Hoje de manhã, atônitos com a notícia da tragédia, olhamos para nossa bebê sorridente como nunca. Tiramos a carcaça da racionalidade, do dizer apenas Ufa, que sorte, para ampliarmos a reflexão sobre como pequenas decisões interferem no rumo de nossas vidas. Para mim, o sorriso aberto de minha filha hoje era algo como: Parabéns, mãe, você salvou a gente. A pieguice de pensamentos como esse, muitos devem achar, é muito menor diante da felicidade que sinto por poder estar com minha família sã e salva", finalizou.
Eles iriam ficar, entre 29 de dezembro a 03 de janeiro, na Suíte Cavalo Marinho, da Pousada Sankai. A suíte localizava-se nos fundos da pousada, sem vista para o mar, no andar de baixo. O valor do pacote era de R$5.300,00 (cinco mil e trezentos reais).