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Famasul pede calma aos produtores rurais de MS

Famasul / - 14 de outubro de 2005 - 14:43

A confirmação do foco de febre aftosa no município de Eldorado, sul do Estado, trouxe uma apreensão muito grande por parte da classe produtora. A direção da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), representante legal dos produtores rurais, acredita que a situação é grave, porém não há motivo para desespero.



O diretor-secretário da Famasul, Ademar Silva Junior esteve em Eldorado e afirma que o clima na região é bastante tenso e apreensivo, e por isso os produtores rurais e a população brasileira precisam de informações sobre o que está acontecendo em Mato Grosso do Sul. “A Famasul quer uma resposta rápida sobre esse foco de febre aftosa, pois os proprietários da Fazenda Vezzozo vacinaram o gado, operação que foi fiscalizada por técnicos da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e possuem a documentação comprovando que nunca tiveram problemas com a febre aftosa”, afirma Silva Junior.



Silva Júnior entende também que o foco de febre aftosa deve servir de alerta, mas não há motivos para desespero. “Nesse instante o produtor deve ter calma e aguardar um pouco mais os resultados das informações por parte das autoridades sanitárias”, considerou.


Com cerca de 25 milhões de cabeça de gado, o Estado do Mato Grosso do Sul detêm o maior rebanho de corte do país, sendo também maior exportação de carne do Brasil - 230 milhões de dólares ao ano. E quem paga por pela sanidade do gado é o produtor rural. Só na região de Eldorado, em cinco municípios, o rebanho é formado por, aproximadamente, 7 mil cabeças.

A vacinação de febre aftosa gera um custo de R$0,60 por cabeça ao ano, considerando o total do rebanho, o investimento do produtor em 2004, foi de R$1.5 bilhão ao ano. Em contrapartida o governo federal investiu em Mato Grosso do Sul somente R$1.3 mil, recurso repassado em dezembro de 2003, aplicado em 2004.



A análise que a Famasul faz em relação ao que aconteceu na região de Eldorado é que houve negligência por parte do governo em não ter repassado verba suficiente para os produtores. Em 2005 o setor esperava um repasse de R$ 3,5 milhões do Mapa, mas a verba não chegou ao produtor. “O governo foi omisso no sentido de cuidar desse controle sanitário”, afirmou o diretor.

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