Geral
Famasul diz que medida é tentativa de desmobilizar setor
Estão dando uma cibalena para quem está na UTI. Assim o presidente da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul) avaliou o anúncio de R$ 1 bilhão pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária) em PROP (Prêmio de Risco de Opção Privada), para apoiar a comercialização de soja. Brito afirma que o anúncio é uma forma que o governo encontrou de tentar desmobilizar o setor para a movimentação nacional que
está marcada para 16 de maio, mas que surtiu efeito contrário e pode ser vista como uma provocação.
Além de ressaltar que não é só o sojicultor que a]travessa um período de dura crise, Brito afirma que a aplicação da medida seria muito difícil. A idéia do governo é custear a diferença entre o preço pago pela saca de soja no mercado e o valor de custo de produção, para que o produtor receba pelo menos o que gastou para plantar. Porém, Brito destaca que o custo que é aplicável para uma região não pode ser considerado o mesmo de outra, devido a fatores como clima, produtividade, distância de armazéns e uma série de outros. Não vou tirar minha soja do armazéns se transportar para a cooperativa vai custar mais que os R$ 3,00 que o governo quer pagar, diz. Além disso, afirma, Brito, não se trata de uma medida estruturante ao setor.
Além da revisão da política cambial, devido aos prejuízos às exportações com o dólar em baixa, os produtores querem redução da carga tributária, do preço do óleo diesel e políticas de preços mínimos. Sem ter a atividade viabilizada, acreditas Brito, o plantio tende a cair para a próxima safra. Já estamos vendendo nosso patrimônio para bancar os custos da produção. Ninguém vai investir em um cenário indefinido, afirma.