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Faltam somente 2 países para erradicar a paralisia infantil

Márcio Medeiros - 23 de julho de 2015 - 07:01

Zé Gotinha: personagem da campanha de vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil).
Zé Gotinha: personagem da campanha de vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil).

Vacinação contra a paralisia infantil na África foi intensa e está prestes a livrar o continente contra a poliomielite

Os rotarianos do mundo inteiro estão prestes a celebrar a erradicação da paralisia infantil (poliomielite) no Mundo. A Nigéria, na África, está prestes a ser declarada livre da paralisia infantil, restando apenas dois países no mundo que ainda não exterminaram a doença: Paquistão e Afeganistão. Há quase um ano a Nigéria não registra nenhum caso de paralisia infantil. Este é o maior período sem ocorrência da doença no país, com o último caso reportado em 24 de julho de 2014 no estado de Kano. Antes considerada o portão de entrada do "poliovírus" para a África, a Nigéria hoje está finalizando o caminho para livrar o continente da poliomielite (paralisia infantil).

Segundo o Governador do Distrito 4510 do Rotary International, o publicitário, Gesner Dias Júnior, associado do Rotary Club de Presidente Prudente, ainda é cedo demais para comemorar a vitória, pois este marco é apenas um passo na reta final para eliminar a paralisia infantil. "Se a poliomielite não for eliminada em todos os lugares, ela poderá voltar a infectar não apenas a Nigéria, mas também o resto da África e até o Brasil", disse o dirigente responsável em administrar o Rotary International na região centro oeste do interior do Estado de São Paulo. Em 2006, há menos de uma década, 1.000 pessoas na Nigéria ficaram paralisadas por causa da doença.

Para que a região africana, incluindo a Nigéria, seja certificada como livre da pólio, não pode haver nenhum caso de pólio durante um período de dois anos. Este resultado só poderá ser alcançado se todas as crianças da África (inclusive aquelas em regiões remotas e de difícil acesso) continuarem recebendo a vacina antipólio. "A meta é estabelecer uma infraestrutura de vacinação rotineira que aumente e mantenha o nível de imunidade coletiva", disse Tunji Funsho, presidente da Comissão Pólio Plus da Nigéria. Isto permitirá que as crianças "continuem sendo vacinadas conforme programado e fiquem protegidas contra o vírus mesmo após o fim dos dias de vacinação e suplementação de vitaminas", completou.

Depois que todos os dados de vigilância forem processados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) poderá retirar a Nigéria da lista de países endêmicos da pólio em setembro. Se isto acontecer, apenas dois países continuarão endêmicos: Paquistão e Afeganistão. Em 2014, 85% dos casos mundiais de poliomielite (paralisia infantil) ocorreram no Paquistão. Até 17 de junho, o Paquistão havia registrado uma redução de 70% nesses casos. "Com o Rotary, alcançamos um grande progresso no ano passado", disse Hamid Jafari, diretor de Erradicação Global da Pólio e Pesquisa da OMS, em seu discurso durante a Convenção do RI em São Paulo, Brasil. "Precisamos continuar trabalhando para eliminarmos a doença. Se o compromisso de erradicar a poliomielite continuar forte, em breve teremos um mundo livre da paralisia infantil", disse ao ser aplaudido.

Os 54 países africanos venceram grandes desafios para proteger as crianças contra a paralisia infantil, como falta de segurança e difícil acesso a áreas remotas. O último caso de pólio foi reportado em 11 de agosto de 2014 na Somália. Em 2004, apenas 10 anos atrás, mais de 12.600 africanos foram vítimas da doença, representando 74% dos casos em todo o mundo. Junto com parceiros da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, o Rotary International tem um importante papel neste progresso que em breve poderá incluir o marco de um ano sem nenhum caso de pólio na Nigéria e em todo o continente africano. Os rotarianos já doaram US$688,5 milhões para a luta contra a doença na África, dos quais aproximadamente US$207,3 milhões foram para a Nigéria. Além disso, rotarianos dedicaram tempo e recursos pessoais, vacinando crianças, doando e levantando fundos, mobilizando comunidades e obtendo o apoio de governos. "Os rotarianos não veem a hora de comemorar um marco que antes parecia impossível de ser alcançado: um ano sem nenhum caso de pólio na África", disse o presidente do Rotary International, K.R. Ravindran.

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