O tratamento de esgoto sanitário é o serviço com menor alcance no Brasil. Mais da metade (52,2%) dos 5.507 municípios brasileiros não possuíam o serviço em 2000, como mostra o Atlas do Saneamento divulgado nesta segunda-feira, Dia Mundial da Água, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o estudo, a situação pouco evoluiu a partir de 1989, quando dos então 4.425 municípios existentes no Brasil, menos da metade (47,3%) tinha algum tipo de serviço de esgotamento sanitário. Os avanços são pouco significativos 11 anos mais tarde. Neste período houve um aumento de 24% do número de municípios e o serviço de esgotamento sanitário cresceu apenas 10%. O atendimento chega ao nível mais baixo na Região Norte, onde apenas 2,4% dos domicílios são atendidos. Em seguida estão a Região Nordeste (14,7%), Centro-Oeste (28,1%) e Sul (28,1%). A Sudeste apresenta o melhor atendimento, mas, mesmo assim, cobre pouco mais da metade (53%) dos domicílios da região.

Os dados contidos no Atlas mostram que quase 20 anos depois, não foi atingida a meta definida pelo Plano Nacional de Saneamento (PLANASA) para a década de 1980, de atender 65% da população com o serviço de esgotamento sanitário. Os avanços ocorridos entre 1989 e 2000 foram localizados em municípios de maior porte, principalmente naqueles das regiões mais desenvolvidas.