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Falta de reagentes de DNA no IMOL impede identificação de corpos há 6 meses

Midiamax - 08 de junho de 2017 - 15:20

Há pelo menos seis meses a identificação oficial de corpos no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), em Campo Grande, está travada devido à falta de reagentes de DNA. A falta dos reagentes impede até mesmo a identificação das vítimas do grupo de extermínio do bairro Danúbio Azul, liderado por Nando, e descobertos em novembro do ano passado.

Em 27 de fevereiro a Polícia Civil encontrou o corpo do vigilante Joaquim de Souza, 64 anos, em um matagal da Vila Morumbi, e já em estado avanço de decomposição. Hoje, dia 8 de junho – três meses e 19 dias depois -, a família do idoso ainda não conseguiu realizar seu sepultamento, e não há previsão de quando o reconhecimento da vítima será feito.

Sobrinha do idoso, a auxiliar de costura Marcia de Souza da Silva Santos, 27 anos, conta que ligar no instituto em busca de informações virou uma rotina sem data para chegar ao fim. “A gente pergunta e eles dizem que o governo precisa comprar os reagentes, e enquanto um joga para o outro a nossa família espera o dia para enterrar nosso tio”, lamenta

Existem pelo menos 10 ossadas aguardando identificação do Estado. Na época os familiares identificaram informalmente as vítimas, com base nas roupas e objetos pessoais que estavam enterrados. Mas, como os ossos estavam escondidos em uma mesma escavação, ainda é preciso identificar cada indivíduo para então serem enterrados.

Há pelo menos dois anos Secretaria de Justiça do Estado tem apresentado falta do material, inclusive, dois réus acusados de matar uma garota de programa em 2013 foram absolvidos em julgamento em 2015 devido à falta dos reagentes. A Sejusp informou nesta manhã que os reagentes foram adquiridos, mas não soube precisar o dia de entrega dos produtos, que são importados.

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