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Falta de docentes ameaça ensino do espanhol no país

17 de agosto de 2005 - 14:57



A colocação em prática da lei que obriga as escolas públicas e particulares de ensino médio a oferecerem aulas de língua espanhola no Brasil deve esbarrar em uma dificuldade: a falta de professores para a disciplina.

Estimativa feita pela Secretaria de Educação Básica do MEC aponta que o déficit de docentes para essa área chega a 19.800, sendo 13.254 para uma carga horária de 20 horas semanais e o restante para uma jornada de 40 horas.

A projeção foi preparada com base nos dados do Censo Escolar de 2003. Levou em consideração também a carga horária mínima semelhante à média atribuída aos professores de língua estrangeira. Pelo estudo, cada um dos professores atenderia a oito turmas num regime de 20 horas semanais ou 16 turmas em 40 horas.

No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei 11.161, tornando obrigatória a oferta da língua espanhola nas escolas de ensino médio, mas com matrícula facultativa para o aluno. Também é optativa a oferta da disciplina para os alunos da 5ª até a 8ª série.

Segundo o MEC, a lei será implantada gradativamente em um prazo de cinco anos.

A oferta do ensino de espanhol deverá ser feita no horário regular de aula. Na rede particular, o curso poderá ser oferecido em sala de aula ou centro de idioma. As normas serão definidas pelos Conselhos Estaduais de Educação.

Também também foi oficializada ontem a criação do primeiro curso de graduação bilíngüe para deficientes auditivos. O curso será ministrado pelo Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos), órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação) e com sede no Rio. O objetivo é formar, num período de quatro anos, educadores que possam trabalhar com domínio da Língua Brasileira de Sinais e da língua de sinais americana.

O Ministério da Educação autorizou o Ines a oferecer também cursos de pedagogia bilíngüe, ciências da computação, licenciatura em letras com especialização na Língua Brasileira de Sinais, todos adaptados a portadores de deficiência auditiva.

Folha de S.Paulo

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