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Falhas persistentes na memória podem indicar demência

Gazeta Esportiva - 13 de dezembro de 2017 - 11:00

Com o passar dos anos, o corpo humano vai se transformando: a pele muda, a audição e a visão são afetadas, os ossos tornam-se mais frágeis, a concentração e a capacidade de aprendizado diminuem e a memória pode eventualmente falhar. Esses lapsos ocasionais são normais, mas quando o esquecimento persiste é hora de procurar o médico, pois é um possível sinal de que a pessoa esteja desenvolvendo algum tipo de demência.

Dados da Associação Internacional de Alzheimer estimam que mais de 46 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo, síndrome que atinge com mais frequência os idosos, mas pode ser desenvolvida por pessoas de qualquer idade.

“Várias doenças podem levar a uma síndrome que é conhecida como demência, nome genérico para designar uma série de sintomas que afetam a memória, a percepção, a fala, o raciocínio e até a capacidade de tomar decisões. Esses problemas cognitivos podem tornar as pessoas dependentes de terceiros, pois limitam as atividades mais corriqueiras”, explica o neurologista Márcio Luiz Figueiredo Balthazar, coordenador do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupava em 2012 a nona colocação entre os países com maior número de casos de demência. A causa mais frequente é o Alzheimer, responsável no País por cerca de 14% das ocorrências. Hipertensão, diabetes, baixa escolaridade e parentes que tiveram a doença também são fatores de risco.

“Queixas de memória são muito comuns e, na maioria das vezes, não são decorrentes de doença cerebral. A queixa torna-se mais relevante quando a pessoa acha que está pior que pessoas da mesma idade e, sobretudo, quando pessoas próximas confirmam a existência do problema”, destaca Balthazar, confirmando que as mulheres são mais propensas a desenvolverem a demência.

As pessoas com essa síndrome costumam repetir as mesmas histórias, têm dificuldade para lidar com dinheiro, confundem-se com datas, perdem-se em caminhos conhecidos, têm alterações de humor e apresentam dificuldade de assimilar novidades, como as notícias, por exemplo. Não é possível evitar a demência e também não há cura na maioria dos casos, mas as chances de desenvolvê-la podem ser amenizadas.

“É preciso cuidar da saúde, sobretudo ficar atento aos problemas cardiovasculares, que aumentam o risco. É necessário também manter a mente ativa, fazer atividades físicas, ter vida social e uma boa alimentação, com pouca gordura. Ficar em frente à televisão por muitas horas, por exemplo, não é bom”, aconselha o neurologista.

A partir do momento em que é constatada a demência, o paciente será medicado para evitar a progressão rápida da síndrome. “Existem vários estudos sobre a demência, mas boa parte deles não apresentou o resultado esperado. Não há drogas para evitar a doença, apenas medicamentos que ajudam a controlar a sua progressão”, finaliza o especialista.

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