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Fabricante do Creatina rebate proibição de propaganda do produto

Agência Brasil - 17 de setembro de 2010 - 18:31

Brasília – Em resposta à determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que suspende as propagandas do suplemento alimentar Creatina, a fabricante Probiótica Laboratórios afirmou que as informações de seu material publicitário são baseadas em estudos científicos internacionais e que não existem efeitos colaterais negativos comprovados.

A determinação da Anvisa, publicada hoje (17) no Diário Oficial da União, exige a suspensão das propagandas do produto “que podem induzir o consumidor a ingerir quantidade excessiva do alimento”. A Anvisa determina que se deve consumir, no máximo, 3 gramas diárias, salvo em caso de recomendação médica, quando o uso pode chegar a 6 gramas. Em seu material publicitário, a Probiótica sugere a ingestão de 20 gramas diárias nos primeiros cinco dias.

Segundo o gerente de Marketing da empresa, Marcelo Bella, a quantidade de 20 gramas na fase inicial, seguida de uma rotina de consumo de 5 gramas, é recomendada em muitos países. “Nos baseamos em informações de instituições acadêmicas respeitadas e, além disso, não existe nenhum efeito colateral da creatina relatado na literatura médica nos últimos dez anos”, disse.

A resolução da Anvisa diz ainda que o alimento “não produz os benefícios esperados” como crescimento muscular, aumento dos níveis de força e melhoria da performance na prática esportiva. De acordo com o gerente de Marketing, essas informações são veiculadas na propaganda como uma forma de esclarecer seu consumidor, já que, pela legislação, é obrigatório que o rótulo informe que o \"Creatina é um produto destinado a complementar os estoques endógenos de creatina\".

“A legislação não obriga a informar o que o produto faz e suas indicações. Esses termos técnicos são insuficientes para informar atletas que, na maioria das vezes, não têm acesso a nutricionistas ou médicos esportivos”, afirmou.

A empresa vai suspender toda a campanha publicitária do produto, mas afirma que buscará apoio de entidades de classe para discutir com a Anvisa uma mudança na legislação sobre o produto.

Edição: Lana Cristina

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