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Fã de Ceni, carrasco de Neymar e fora do PSG por doping: é o goleiro do México

Correio do Estado - 02 de julho de 2018 - 06:30

Se você não acompanha muito futebol e assiste os jogos apenas em período de Copa do Mundo, deve considerar o goleiro Guillermo Ochoa um dos maiores em sua posição. Atualmente em seu quarto mundial, sendo o segundo como titular, ele é um dos grandes nomes da seleção do México e de toda a competição, já que foi o goleiro que mais fez defesas em toda a primeira fase. Porém, quando falamos de sua carreira fora da seleção, seu desempenho é bem mais discreto. E por que será que isso acontece?

Formado nas categorias de base do América, ele se tornou ídolo rapidamente. Com apenas 20 anos, já era titular absoluto em seu clube e passou a ser figura frequente nas convocações para a seleção. "Ele foi o goleiro mais jovem a ser convocado pelo México e sempre foi uma referência. Como ele não é muito alto, compensa em velocidade e sempre teve muita explosão", disse Rosinei, ex-volante do Corinthians e que atuou ao lado de Ochoa por três anos no América.

Segundo o brasileiro, o colega sempre gostou muito do futebol brasileiro e tinha um goleiro como seu jogador favorito. "Os jogos do Brasileirão são transmitidos em vários lugares no México. Eles gostam bastante e o Rogério Ceni é uma referência para vários goleiros de lá, já que os times tentam sempre sair jogando. E ele achava o Rogério diferenciado por jogar com os pés", revelou.

E Ochoa seguiu bem no América até 2011, quando decidiu dar uma passo adiante e se mudar para o futebol europeu. Segundo seu ex-companheiro, além de querer atuar em campeonatos de melhor nível, o goleiro se sentia um pouco intimidado com o tamanho do assédio dos torcedores. "Ele mal conseguia sair de casa por causa disso. É como o Ronaldinho aqui no Brasil. Qualquer lugar público que ele fosse, causava tumulto".

Como tinha bastante prestígio, ele esteve muito perto de uma transferência para o Paris Saint-Germain, que começava a esbanjar dinheiro rumo ao domínio absoluto do futebol francês. A contratação estava praticamente fechada, mas seu sonho acabou indo por água abaixo. Isso porque Ochoa foi um dos cinco jogadores mexicanos flagrados em um exame antidoping durante jogo da Copa Ouro. O caso foi esclarecido meses depois, comprovando que os atletas tinham consumido uma carne contaminada, mas já era tarde, já que o PSG apostou no italiano Salvatore Sirigu para a posição e desistiu de Ochoa.

Ele então acabou no Ajaccio, clube de bem menos expressão, mas onde Ochoa foi titular absoluto por três temporadas. E foi graças a esse desempenho que ele se tornou titular de sua seleção, superando Corona, que vinha atuando com mais frequência. E a opção do técnico Miguel Herrera deu bastante resultado, já que ele foi muito bem nos quatro jogos que disputou na Copa de 2014, principalmente contra o Brasil, na segunda rodada, quando ele fez muitas defesas, incluindo uma que impediu gol de cabeça de Neymar em lance que precisou de uso de tecnologia para comprovar que a bola não tinha entrado. Ele foi até eleito o melhor em campo naquela oportunidade. Para Rosinei, isso não foi uma surpresa: "Ele sempre estuda muito os jogadores que vai enfrentar. Tenho certeza que assistiu muitos vídeos do Neymar na época".

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O bom desempenho no Mundial fez Ochoa ser especulado em alguns clubes de maior expressão. Porém, isso ficou apenas nos boatos e o mexicano acabou no Málaga. Na equipe espanhola, ele nunca foi considerado titular, sendo preterido pelo camaronês Kameni. Dois anos depois e com apenas 19 partidas disputadas, foi emprestado ao modesto Granada, que disputaria a primeira divisão após muito tempo.

E essa experiência na elite durou apenas um ano, com Ochoa não conseguindo evitar o rebaixamento para a segunda divisão. Para não "se esconder" e perder espaço na seleção, ele voltou ao mercado e foi jogar no Standard Liege, da Bélgica, onde vai para sua segunda temporada.

RIVALIDADE COM NEYMAR

Nesta segunda-feira, Ochoa ficará mais uma vez frente a frente com Neymar, de quem guarda boas recordações do Mundial de 2014. Porém, nem sempre foi assim. Os dois se encontraram outras vezes em partidas de clubes e neste caso o brasileiro levou vantagem. Nas oitavas de final da Libertadores de 2011, o Santos de Neymar se classificou contra o América de Ochoa. Em 2016, voltaram a se encontrar pelo Campeonato Espanhol e o Barcelona venceu o Granada por 1 a 0, com gol de Rafinha.

Outro fator que indica um grande duelo é que até aqui, no Mundial de 2018, enquanto Ochoa é o goleiro que mais fez defesas, com 17, Neymar também foi quem mais tentou finalizações na primeira fase, também com 17.

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