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F1 - Uma cidade chamada Interlagos

[email protected] - 19 de outubro de 2006 - 20:03


Os geradores e transformadores de energia elétrica do autódromo de Interlagos, no final de semana do Grande Prêmio do Brasil de F-1, produzem 15 megawats, correspondentes a cinco mil residências ou uma cidade de cerca de 20 mil habitantes. A direção de prova trabalha em uma sala, na torre de cronometragem, que lembra um centro aeroespacial. O consumo de líqüido – água e refrigerantes - chega a 420 mil latas ou garrafas. E a segurança do público e equipes estará assegurado por cerca de 2 mil membros das Policias Militar e Civil e duas equipes de segurança privada, além de 200 integrantes do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo especialmente treinados para o evento.

A sala de ‘race control’ trabalha com 21 monitores de imagens em circuito fechado, além de mais 16 imagens distintas fornecidas pela Rede Globo de Televisão e projetadas em duas telas quadriculadas de plasma. Os responsáveis pela direção de prova trabalham em mesas individuais, em frente aos monitores, com um painel de computador com acesso imediato a todos os postos do circuito, um projeto desenvolvido pelo diretor esportivo do Grande Prêmio, Alfredo Tambucci.

Tambucci e sua equipe são responsáveis por uma grande operação de 600 pessoas que envolve basicamente a área médica, com a unidade do Hospital São Luiz com 150 médicos e enfermeiros - responsável pelo atendimento aos pilotos e equipes sob o comando do médico Dino Altmann - corpo de bombeiros, resgate, trabalho de Box e sinalização. Entre o material utilizado no circuito e arquibancadas, os bombeiros têm cerca de mil extintores de incêndio de diversos modelos e tamanhos. O acesso a todos os pontos da pista está assegurado através de 25 veículos da Toyota e mais oito tratores Case e 12 veículos de transporte pesado e remoção. Ao todo, cerca de 7 mil pessoas – incluindo 800 só para os serviços de limpeza – estão envolvidas com o trabalho na organização do GP.

A empresa Interlog, responsável por toda a área das arquibancadas de Interlagos, atendendo äs exigências de 66 mil pessoas, além de 420 mil latas e garrafas de água e refrigerantes, fornecerá também cerca de 100 mil lanches. Para consumo interno dos funcionários que trabalham na organização – 800 deles só para cuidar da limpeza - desde o dia 6 de outubro até a próxima segunda-feira serão fornecidas 5 mil refeições.

As inevitáveis sobras desta mega-operação em Interlagos não são desperdiçadas. Passado o Grande Prêmio, a ABRE, Associação Brasileira de Redistribuição de Excedentes, recolhe os alimentos, refrigerantes, produtos recicláveis e materiais diversos e cuida de sua distribuição para instituições de caridade. No ano passado, a presidente da ABRE, Cláudia Troncoso, no seu oitavo ano de atividades junto ao Grande Prêmio, chegou ao recorde de atender a 6878 pessoas através de 33 instituições de caridades.

Texto: Castilho de Andrade

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