A abertura de um importante mercado, o México, deve manter firme o preço do leite mesmo depois que passar a entressafra, segundo acredita a coordenadora da Câmara Setorial do Leite, Adriana Mascarenhas.Hoje a cotação em Mato Grosso do Sul é de R$ 0,50, a melhor da série histórica, e no auge da entressafra, nos próximos meses, a previsão é que este valor aumente.
Isso porque a estiagem provocou perdas que chegam a 40% na produção, devido à perda de pastagem. Adriana Mascarenhas explica que, embora o Estado não exporte, os efeitos da comercialização no mercado externo pelo Brasil se refletem em cadeia e a produção de Mato Grosso do Sul deve ser enxugada pelos Estados exportadores.
A China é outro mercado que o Brasil tenta abrir para a exportação de lácteos. Devido à esta expansão, Adriana Mascarenhas reforça a importância da atenção à qualidade e de olho nesta demanda a Câmara está organizando eventos para discutir a portaria de nº 51, que estabelece alguns parâmetros, dentre eles a refrigeração do leite. O primeiro município a ser atendido é o de Miranda, na próxima sexta-feira, em evento que será realizado do Sindicato Rural local. Também será abordada a suplementação e linhas de financiamento para compra de alimentos. “Já temos outras demandas em Ivinhema e Rio Verde”, conta a coordenadora da Câmara Setorial do Leite.
Se por um lado o cenário de exportações anima, de outro o aumento de custos preocupa. Além do aumento do preço do milho em cerca de 40%, produto básico na composição de rações, também houve reajuste de energia elétrica e no salário mínimo, encarecendo a mão-de-obra. O atenuante é que o preço da soja, também usada na ração, está em baixa.