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Exportações brasileiras para Cuba cresceram 62%

Alana Gandra/ABr - 11 de maio de 2004 - 16:56

As exportações brasileiras para Cuba cresceram 62% de janeiro a abril deste ano, atingindo US$ 33 milhões. O aumento, embora expressivo, não chegou sequer perto do crescimento de 674% verificado nas importações de produtos cubanos pelo Brasil, que passaram de US$ 2,3 milhões no primeiro quadrimestre de 2003 para US$ 20,8 milhões em igual período deste ano. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento.

Cuba é o destino de apenas 0,1% das exportações brasileiras, informou o diretor-geral do Centro Internacional de Negócios (CIN) do Sistema Firjan e Sebrae/RJ, Amaury Temporal, durante abertura do Encontro Empresarial Cuba-Brasil, promovido em parceria com o Ministério do Comércio Exterior de Cuba. Até o dia 14 deverão ser fechados vários negócios entre as 39 empresas cubanas e as 120 companhias brasileiras que participam das rodadas.

O vice-ministro de Comércio Exterior de Cuba, Antonio Carricarte, afirmou que a relação com a América Latina é fundamental para a preservação cultural e econômica de seu país.

O gerente do Centro de Promoção de Exportações de Cuba, Enrique Gómez Soler, informou que Cuba está querendo reverter a atual situação de seu comércio com o mundo. O país importa três vezes mais do que exporta. Um dos produtos mostrados pelas empresas cubanas na Expo Cuba, evento paralelo ao seminário, é um minitáxi para turismo. O produto está sendo oferecido à rede hoteleira brasileira.

Segundo declarou a diretora de Negócios do Ministério para Investimentos Estrangeiros e Cooperação Econômica de Cuba, Marta Camacho, existem muitas vantagens para a instalação de empresas brasileiras em seu país. Uma delas é o indicador de educação, pois 14% dos trabalhadores locais têm instrução de nível superior. Além disso, o serviço de energia elétrica cobre 92% do território cubano, informou.

O presidente do Banco Exterior de Cuba, Giacomo Peison, disse que outra vantagem ao investimento estrangeiro é que o país dispõe de instrumentos bancários que garantem manejo integral de fundos e a não ocorrência de lavagem de dinheiro. Com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), muitas empresas brasileiras têm exportado para o mercado cubano carrocerias de ônibus e de caminhões.

Marta Camacho informou que os principais parceiros comerciais de Cuba são a Espanha, com 28,7% de participação no total, Canadá, com 15,2%, Itália (14,9%) e França (4,4%). Os principais produtos exportados por Cuba são serviços de turismo, biotecnologia, produtos ligados à tecnologia da informação e derivados de cana-de-açúcar.

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