Vendas somaram US$ 35,5 milhões, 115% a mais que os US$ 16,5 milhões de janeiro a abril de 2004

As exportações de produtos lácteos devem somar 600 milhões de litros em 2005, ante 385 milhões no ano passado. Os embarques neste ano devem render de US$ 150 milhões a US$ 180 milhões, em comparação com os US$ 95 milhões obtidos em 2004.

"Os preços internacionais estão segurando as exportações, apesar da queda do dólar em relação ao real", afirmou ontem o presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim.

A previsão para o ano foi feita considerando o resultado comercial do setor de janeiro até abril, quando as exportações mostraram crescimento bem superior ao das importações. No período, as vendas somaram US$ 35,5 milhões, 115% a mais que os US$ 16,5 milhões de janeiro a abril de 2004.

As importações atingiram US$ 37,9 milhões, frente a US$ 22,03 milhões em igual período de 2004 (alta de 72%). O saldo da balança de lácteos, no acumulado do ano, ficou negativo em US$ 2,4 milhões. Mas nos primeiros quatro meses do ano passado o déficit foi mais do que o dobro: US$ 5,5 milhões.

Pólo

Para Alvim, "os números provam que o Brasil está, aos poucos, se firmando como pólo exportador de lácteos". No acumulado em 12 meses, considerando o período entre maio de 2004 e abril de 2005, há superávit na balança de lácteos de US$ 14,5 milhões.

Em abril, a balança comercial de lácteos voltou a registrar saldo positivo - de US$ 291 mil. As exportações somaram US$ 6,9 milhões, 48,2% a mais que os US$ 4,6 milhões de igual período de 2004. Em volume, as exportações atingiram o equivalente a 4,6 mil toneladas, 28,5% a mais que as 3,5 mil toneladas de abril do ano passado.

México

Alvim comentou que o setor está otimista com a abertura do mercado do México para os produtos lácteos fornecidos pelo Brasil. "Se conseguirmos 1% das importações mexicanas, dobraremos nossas exportações", comentou.

A abertura do mercado mexicano foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, no final do mês passado. O México é o maior importador mundial de produtos lácteos, com compras anuais no total de US$ 1 bilhão.

Segundo Alvim, o crescimento das exportações estimulou investimentos em laticínios. "Nos próximos cinco anos, US$ 400 milhões serão investidos na instalação e expansão da capacidade instalada no Brasil", comentou.

A CNA calcula que a produção de leite deve somar 24,534 bilhões de litros neste ano, um crescimento de 4,5% na comparação com os 23,478 bilhões em 2004. O consumo anual per capita é projetado em 134,5 litros em 2005, contra 130,9 litros no ano passado.

Autor:
Imprensa CNA