As exportações de carne de frango quebraram recordes históricos em 2005, segundo balanço da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), divulgado ontem (31).

O ano passado foi o melhor da história para o setor, com a exportação de 2,84 milhões de toneladas de carne de frango e faturamento de US$ 3,5 bilhões. Isso representa um crescimento de 15% em volumes exportados e de 35% em receitas, na comparação com as exportações do produto em 2004. A previsão do setor para 2006 é que os volumes exportados aumentem entre 5% e 10%.

O principal destino da carne de frango brasileira no ano passado foi o Oriente Médio. Foram exportadas para a região 848,5 mil toneladas, por US$ 995,2 milhões. Valores respectivamente 14% e 38% maiores aos registrados em 2004. A Ásia foi o segundo maior comprador da carne de frango brasileira, no ano passado: 756,9 mil toneladas (+20%) a US$ 1,01 bilhão (+34%). O Japão foi o principal país cliente em volumes embarcados e em receita. Comprou 404,7 mil toneladas a US$ 693,4 milhões.

Apesar de pouco significativo no conjunto, o mercado comprador que mais ampliou negócios neste setor com o Brasil em 2005 foi a América do Sul. Na comparação com 2004, o volume exportado foi 39,5% maior: 114,8 mil toneladas. Já o faturamento cresceu 81%, somando US$ 119,3 milhões.

Outros três mercados importantes para as exportações da carne de frango brasileira foram: a União Européia (387 mil toneladas, US$ 728,2 milhões), a Rússia (258,1 mil toneladas, US$ 267,2 milhões) e a África (191,7 mil toneladas, US$ 135,7 milhões).

Segundo a Abef, o embargo anunciado pelo governo russo para a carne de frango dos estados do Mato Grosso do Sul e Paraná – que começou no último dia 13 de dezembro – não produziu efeito negativo substancial porque neste período de inverno no Hemisfério Norte não são realizados embarques importantes para a região.