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Exame de sangue pode identificar a asma, diz pesquisa

Veja - 16 de abril de 2014 - 07:17

Pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, descobriram uma maneira rápida, barata e precisa de diagnosticar casos de asma: o exame de sangue. Os estudiosos detectaram uma correlação, antes desconhecida, entre pacientes asmáticos e o comportamento de um tipo de células brancas no organismo. A partir dessa descoberta, seria possível identificar a doença mesmo sem o indivíduo apresentar sintomas aparentes, como falta de ar e tosse. O estudo foi publicado online nesta terça-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Characterizing asthma from a drop of blood using neutrophil chemotaxis

Onde foi divulgada: periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas)

Quem fez: Eric Karl-Heinz Sackmanna, Erwin Berthierb, Elizabeth A. Schwantesc, Paul S. Fichtingerc, Michael D. Evansd, Laura L. Dziadzioe, Anna Huttenlochere, Sameer K. Mathurc e David J. Beebe

Instituição: Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos

Resultado: Em pacientes asmáticos, a velocidade das células brancas para combater uma inflamação no organismo foi menor, comparada aos não asmáticos. Essa resposta pode ser detectada com um simples exame de sangue.
Os pesquisadores analisaram a velocidade com que os neutrófilos (células de defesa do organismo e as primeiras a reagir em caso de inflamação) migraram para uma inflamação induzida. Eles detectaram, então, que pacientes asmáticos tinham uma resposta mais lenta do que não asmáticos.

Para medir a função dos neutrófilos, os estudiosos usaram uma tecnologia desenvolvida pela própria Universidade de Winconsin-Madison, chamada kit-on-a-lid-assay. O método usa apenas uma gota de sangue do paciente e uma mistura química que estimula a ação dos neutrófilos. A velocidade de resposta das células é, então, analisada por um software.

"Esse é um dos primeiros estudos a mostrar que um exame de sangue pode ser um jeito mais prático e rápido de identificar a asma", afirma David Beebe, professor de engenharia biomédica da Universidade de Wisconsin-Madison e coautor do estudo. "Em alguns casos, foi possível até prever e medir a gravidade da doença."

A descoberta é importante porque a asma é uma doença difícil de ser diagnosticada com precisão. Normalmente, o diagnóstico é feito a partir de uma série de testes clínicos, como os que medem a funcionalidade do pulmão. "Os exames atuais são baseados em medições indiretas, o que não é ideal", disse Bebbe.

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