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Geral

Exaltação da Santa Cruz

Paróquia de São Pedro - 14 de setembro de 2018 - 09:00

Hoje celebramos a festa da Exaltação da Santa Cruz, chamada pelos orientais de “Festa da Preciosa Cruz Portadora de Vida”. Trata-se de uma das mais antigas solenidades litúrgicas da Igreja, e que foi celebrada pela primeira vez em Jerusalém no ano 355, por ocasião da dedicação de duas basílicas construídas por Constantino em Jerusalém: a Basílica do Martyrium, erguida sobre o monte Gólgota e a Basílica da Ressurreição, construída sobre o lugar onde Cristo morreu e ressuscitou. Foi por ocasião da dedicação dessas duas basílicas que a Cruz de Cristo foi pela primeira vez exaltada, isto é, levantada e apresentada aos fiéis. De Jerusalém a festa expandiu-se por todo o Oriente e daí para o Ocidente. No século VII, Cósroes, rei da Pérsia, invadiu a Palestina, conquistou a Terra Santa e se apossou da cruz, que havia sido encontrada por Santa Helena, a mãe de Constantino. A cruz ficou por 14 anos em poder dos persas. Segundo se conta ela foi posteriormente resgatada pelo imperador Heráclio que, em pessoa, a levou às costas, de Tiberíades a Jerusalém e a entregou, no dia três de maio de 630, ao patriarca de Jerusalém, Zacarias. A partir desse fato a festa passou a ser celebrada em duas datas: No Oriente, no dia 14 de setembro, data de dedicação das duas basílicas, e no Ocidente, no dia três de maio, data da recuperação definitiva da Santa Cruz. Na última reforma do calendário litúrgico a Igreja estabeleceu que Oriente e Ocidente celebrassem a festa no dia 14 de setembro, com o nome de Festa da Exaltação da Santa Cruz.

A cruz, que era considerada no passado instrumento de infâmia e de suplício, tornou-se, com a morte de Jesus, instrumento de glorificação e fonte de esperança. Hoje, embora nenhum tribunal condene o criminoso mais cruel a carregar uma cruz sobre as costas, muitos irmãos e principalmente os mais pobres e fracos, continuam carregando sobre os ombros, a cruz da fome, do analfabetismo, da doença, da discriminação, do desemprego, da falta de perspectiva de vida. Que hoje, na festa de Exaltação da Santa Cruz, nós que fomos salvos pelo Cristo exaltado na Cruz, possamos assumir o compromisso de abolir as cruzes que pesam sobre o mundo e abrir caminhos de libertação para todos aqueles por quem Cristo morreu, mas que a sociedade egoísta teima em chicotear, torturar e presentear com a cruz da injustiça e da exclusão.

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