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Ex-nadadora segue na UTI, mas apresenta melhora

Globo Esporte - 31 de agosto de 2013 - 16:52

Internada na UTI do Hospital Regional de Saúde de Samambaia, no Distrito Federal, com a suspeita de intoxicação exógena (ingestão de medicamentos), Rebeca Gusmão já apresenta melhora em seu quadro clínico. De acordo com informação de um funcionário do hospital que não quis se identificar, a ex-nadadora não está precisando mais da ajuda de aparelhos para respirar e até já se levantou sozinha para ir ao banheiro. Porém, não há previsão de alta nem de transferência para outra área do hospital.

Rebeca está acompanhada de uma irmã e recebeu a visita nesta sexta-feira dos pais e de duas amigas que jogam futebol com ela. Sem querer dar muitas declarações, o pai da ex-atleta, Ajalmar, relatou o que os médicos comunicaram à família.

- No estado emocional que estou, não posso falar nada a respeito. Mas os médicos me tranquilizaram e disseram que está tudo bem com ela. Só isso que posso dizer - disse Ajalmar.

Em 2007, no Pan do Rio, Rebeca foi a primeira nadadora brasileira a ganhar medalha de ouro na história da competição.

Dois anos depois, foi banida do esporte por doping. Atualmente trabalha como diretora de Apoio ao Atleta da Subsecretaria de Esporte, em Brasília.

Através de sua assessoria de imprensa, a Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos (CBDA) informou que o presidente Coaracy Nunes conversou por telefone com Ajalmar e se colocou à disposição da família para auxiliar no que for necessário.

Rebeca foi banida do esporte em 2008

Quando estava no auge de sua carreira, em 2007, a vida de Rebeca começou a ganhar novos rumos. Após a euforia de se tornar a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, e ainda competindo em casa, no Rio de Janeiro, a nadadora viu sua carreira desmoronar. Em setembro, com mais de um ano de atraso, surgiu o primeiro resultado positivo para testosterona exógena, em exame realizado em maio de 2006. Divergências entre a brasileira e o laboratório Armand Frappier, em Montreal, no Canadá, acabaram levando o caso para a Corte Arbitral do Esporte (CAS), que, em um primeiro momento, se disse incapaz de julgar o caso.

Dois meses depois, a Federação Internacional de Natação (Fina) divulgou o resultado positivo de Rebeca para a mesma substância em exame realizado no primeiro dia do Pan, 13 de julho, e enviado também para o laboratório de Montreal. Assim como na primeira vez, a nadadora seguiu negando que tivesse usado algo proibido. Além dos dois casos de doping, foram encontrados dois DNAs diferentes nas amostras coletadas da urina de Rebeca dos dias 12 e 18 de julho de 2007. Os resultados dos exames, que haviam sido solicitados pela Odepa, deram negativo.

Com a forte repercussão sobre o caso, o Comitê Olímpico Brasileiro decidiu entregar a investigação da possível fraude à Polícia. Em seu depoimento, a atleta disse mais uma vez ser inocente e revelou sofrer perseguição por parte do médico e diretor de doping da Odepa, Eduardo de Rose. O Ministério Público decidiu denunciar a nadadora Rebeca Gusmão por falsidade ideológica, encaminhando o caso para a Justiça.

Em maio de 2008, a brasiliense foi suspensa por dois anos pela Federação Internacional de Natação pelo resultado positivo para testosterona do exame realizado no dia 13 de julho de 2007, no Pan do Rio. Com isso, ficou fora dos Jogos de Pequim. Dois meses depois, enfim, Rebeca também foi suspensa pela Fina pelo resultado positivo do exame antidoping realizado em maio de 2006. Por acumular duas punições, Rebeca Gusmão acabou banida do esporte.

Rebeca escapou, porém, de uma condenação por falsidade ideológica. Em agosto de 2009, ela foi absolvida da acusação, uma vez que não foram encontradas provas suficientes para a Justiça analisar o caso.

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