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Geral

Ex-estagiária do INSS é presa suspeita de fraudar R$ 20 mi

G1 - 22 de novembro de 2014 - 09:00

Uma mulher foi presa durante a Operação Lewinsky, da Polícia Federal, nesta sexta-feira (21), em Belo Horizonte. De acordo com a investigação, que combate a prática de fraudes contra a Previdência Social, a suspeita é uma ex-estagiária do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que não teve o nome divulgado. Ela é acusada pela polícia de ser estelionatária, aliciar interessados em obter aposentadorias e fornecer documentos de vínculos empregatícios falsos. Na casa dela, onde foi presa, foram apreendidos computadores e mídias digitais. Segundo a polícia, ela negou as acusações.

De acordo com a PF, os prejuízos aos cofres públicos com benefícios previdenciários fraudados podem chegar a R$ 20 milhões. Foram cumpridos dois mandados judiciais de busca e apreensão e um de prisão preventiva nas regiões Oeste e Centro-Sul da capital mineira. O nome da ação policial foi escolhido por causa da coincidência dos cargos entre a então estagiária brasileira e a norte-americana Monica Lewinsky, envolvida em um escândalo na Casa Branca.

Ainda segundo a polícia, a ex-estagiária do INSS é investigada em diversos inquéritos policiais e já é condenada pela Justiça Federal em duas ações penais por prática semelhante. A investigação aponta que, em alguns casos, os documentos falsos fornecidos eram certidões de tempo de serviço de órgãos públicos.

A mulher está detida no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, à disposição da Justiça Federal. Segundo a PF, ela responderá pelos crimes de uso e falsificação de documentos, além de estelionato qualificado. Novos inquéritos específicos para cada aposentado beneficiado pelo esquema podem ser abertos.

De acordo com o delegado Felipe Drummond, chefe da Delegacia de Crime Previdenciário, a suspeita tem 48 anos e foi estagiária do INSS em 1995. Ainda segundo Drummond, ela é investigada há cinco cinco anos, pelo mesmo crime, mas em outros inquéritos. Segundo a Polícia Federal, ela é investigada em outros 15 inquéritos.

O delegado informou que a operação vai continuar com objetivo de identificar as pessoas que requeriam a documentação falsa para obter o benefício. De acordo com a polícia, ela cobrava o primeiro salário dos beneficiários e mais cerca de R$ 2 mil.

Os clientes da ex-estagiária serão investigados. "Também vamos buscar a responsabilização de todos os clientes dela. As pessoas que utilizaram o serviço dela para obter um benefício previdenciário, na maioria dos casos na modalidade de aposentadoria por tempo de serviço, vão ser chamadas. (...) Nós vamos instaurar inquéritos específicos pra cada cliente dela e não vai ser difícil de localizá-los não", falou Drummond.

Não há indícios de que ela contava com a ajuda de funcionários do INSS para fraudar o órgão, disse o delegado. A investigação aponta ainda que, além de Belo Horizonte, ela também atuava em Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais.

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