O ex-diretor de Administração dos Correios Antônio Osório disse há pouco na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios que considera difícil a ocorrência de fraudes nas licitações da estatal, pois todos os procedimentos administrativos e financeiros da empresa são regidos por manuais. Ele afirmou ainda que ficou surpreso com a declaração do ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material Maurício Marinho, acusado de corrupção, de que é possível fraudar os pregões eletrônicos.
Em resposta a uma pergunta do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), Osório garantiu que nunca soube de qualquer favorecimento a empresas em licitações dos Correios. "Se soubesse, teria aberto sindicância", disse.

Nomeação de Marinho
O ex-diretor também procurou negar que tivesse intimidade com Maurício Marinho. Respondendo ao deputado Henrique Fontana (PT-RS), ele disse que nomeou Marinho para a chefia de departamento porque o considerava um "excelente técnico" desde o dia em que assistiu a uma "brilhante apresentação" feita por ele quando ainda trabalhava no Departamento de Treinamento da estatal.
O depoimento de Osório foi encerrado há pouco, quando a CPMI fez uma pauta à espera do próximo depoente. Daqui a pouco, os parlamentares ouvirão o ex-diretor de Tecnologia e Infra-Estrutura dos Correios Eduardo Medeiros, afastado do cargo no mês passado. Ele foi apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos envolvidos em licitações irregulares na estatal.