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Europeus vão ampliar fiscalização do rebanho brasileiro

Humberto Marques / Campo Grande News - 16 de outubro de 2006 - 15:24

Os pecuaristas brasileiros receberam um recado objetivo na manhã de hoje da União Européia: os países importadores passarão a fiscalizar com rigor a produção brasileira. O alerta surgiu na manhã de hoje, durante reunião entre dirigentes rurais do País e o comissário europeu para Proteção Sanitária e Segurança do Consumidor, Markus Kyprianou, realizada em Brasília. “Kyprianou deu um aviso claro e tácito de que os fiscais virão, e com todo rigor, fiscalizar o rebanho brasileiro em 2007”, afirmou a vice-presidente de Secretaria da Confederação Nacional da Agricultura, Kátia Abreu.

O encontro serviu, também, para que os produtores dirigissem cobranças ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, responsável pelo sistema de fiscalização. Conforme a CNA, Kátia Abreu afirmou que o Mapa está retardando a implantação do laboratório de resíduos, necessário para o controle sanitário. “Isso é muito grave, porque o produtor será punido por uma inoperância do Mapa”, afirmou a vice-presidente.

De opinião semelhante, o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, disse que os produtores estão indignados com a falta de ações do governo federal no combate à febre aftosa, doença que causa mais prejuízos morais do que financeiros. “É uma vergonha para o País estarmos discutindo aftosa ainda. O Brasil é signatário de um tratado de erradicação de 1.968. Isso significa que, há 38 anos, estamos discutindo aftosa. É uma vergonha para produtores e para o governo. A aftosa causa prejuízos mais para a moral do País do que propriamente financeiros”, disparou.

O presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Junior, considera que os produtores estão conscientes da importância do mercado europeu e da necessidade de avançar, em especial na erradicação da aftosa. “Acredito que a partir de 2007, os esforços na questão da rastreabilidade vão ser intensificados até pela importancia desse mercado”, salientou. O Estado possui o segundo maior rebanho do Brasil, com cerca de 25 milhões de cabeças.

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