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EUA citam jornalista morto, índios e impunidade em MS

Graciliano Rocha/Campo Grande News - 02 de março de 2005 - 09:11

Mato Grosso do Sul foi citado três vezes no relatório anual/2004 sobre a situação dos direitos humanos produzido pelo Departamento de Estado do governo dos Estados Unidos.
Nas 59 páginas dedicadas à seção brasileira do documento, as autoridades norte-americanas criticam o ambiente de falta de segurança em que trabalham os jornalistas brasileiros e citam os dois profissionais de imprensa assassinados no país ao longo do ano passado. Um deles, o radialista Samuel Roman, morto a tiros no dia 21 de abril, em Coronel Sapucaia, na divisa com o Paraguai. O assassinato de Roman, segundo o relatório, está ligado às denúncias contra as quadrilhas de traficantes e ao crime organizado instalado na fronteira feitas pela vítima. “Os jornalistas não gozaram de qualquer proteção contra a violência para exercerem suas atividades”, diz o documento.
O relatório também menciona o episódio da ocupação de 14 fazendas em Japorã e Iguatemi por índios guaranis caiuás que reivindicam a expansão da área da reserva de Porto Lindo. O documento cita os reféns tomados pelos indígenas e destaca a negociação para a desocupação de 11 das 14 fazendas.
A última citação ao Mato Grosso do Sul é uma crítica implícita às autoridades brasileiras. “Não há nenhuma nova informação sobre o assassinato, em janeiro de 2003, de Marcos Verón, um proeminente líder da nação guarani caiuá em Mato Grosso do Sul”, diz o documento, que também faz menção à disputa fundiária na região da Grande Dourados. O relatório lembra que o caso ainda aguarda um desfecho com a punição dos responsáveis pelo assassinato de Verón e a demarcação das terras indígenas na região.

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