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Estudos apontam que não existe medicamento para prevenir Covid-19

Conselho Regional de Farmácia não recomenda uso de qualquer medicamento por conta própria para a prevenção da doença

Governo de Goiás - 09 de setembro de 2020 - 14:00

Estudos apontam que não existe medicamento para prevenir Covid-19

A pandemia da Covid-19 trouxe inúmeros desafios e muito aprendizado para as áreas médica e governamental. Ao mesmo tempo, aumentou a preocupação da população, com o cenário de incerteza e de medo da contaminação.

Com o avanço da transmissão da doença, cresceu o número de pessoas que se automedicam. E surgiram também medicamentos utilizados para o tratamento de outras doenças sendo sugeridos como capazes de evitar a Covid-19, tais como a cloroquina e a ivermectina.

Mas a presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), Lorena Baía é enfática: a entidade não recomenda o uso de qualquer medicamento, por conta própria, para se prevenir da doença.

Melhores maneiras
Lorena foi entrevistada nesta terça-feira, dia 8, no programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM, comandado por Ernesto Fleury e Luzeni Gomes. Ela destacou que as melhores maneiras de evitar o contágio da doença ainda são o distanciamento social, a higienização das mãos e o uso de máscara facial.

A presidente do CRF-GO argumentou que estudos científicos até o momento apontam que não existe medicamento capaz de prevenir a contaminação pelo novo coronavírus. Também não há um kit de medicamentos que garanta essa prevenção.

“Existem, sim, medicamentos capazes de tratar os sintomas e impedir o avanço da doença. Mas devem ser prescritos por um médico, após diagnóstico, avaliação e acompanhamento individual”, disse. Isso porque a doença evolui de forma diferente em cada paciente, afirmou.

Automedicação
Segundo ela, pesquisa aponta que mais de 80% da população brasileira assumem que são adeptos do hábito da automedicação. Trata-se de uma prática não apenas nacional, mas mundial, acrescentou.

Entretanto, a automedicação pode privar o paciente de um diagnóstico correto, promover o agravamento de seu estado de saúde e, inclusive, levar ao óbito, avisou. “Quando eu me automedico, posso mascarar sinais e sintomas da doença e acabar me privando de um diagnóstico correto e de um possível tratamento”, declarou.

Ivermectina
Lorena Baía comentou o exemplo do medicamento ivermectina. Conforme ela, alguns resultados de estudos feitos in vitro, em laboratório, que não foram testes feitos em humanos, apresentaram uma “certa atividade antiviral” para outros vírus, como os do HIV e da chicungunha. Contudo, quando testados em humanos, esses resultados não foram comprovados. Isso aconteceu também com o coronavírus, informou.

“Então, o CRF não recomenda o uso de ivermectina para a prevenção da Covid”, reforçou. Argumentou que o uso do medicamento é prejudicial para o paciente, principalmente quando há sinais de hiperinflamação, pois pode acometer o sistema nervoso central.

Quem vai usar qualquer tipo de medicamento deve fazê-lo sob prescrição médica e sob as orientações de um farmacêutico, para que a pessoa possa extrair os melhores resultados terapêuticos, defendeu.

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