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Estudo: otimismo reduz risco de morrer do coração

01 de março de 2006 - 16:15

Os otimistas têm menos possibilidade de morrer de doenças cardíacas ou derrame cerebral do que os pessimistas, segundo pesquisa de cientistas do Instituto Delfland de Saúde Mental, da Holanda. O estudo, envolvendo 545 homens, constatou que os mais otimistas têm metade das probabilidades de morrer de doenças cardiovasculares.

Os pesquisadores acreditam que isso provavelmente é porque os otimistas fazem mais exercícios e são melhores na forma de lidar com adversidade, segundo o Archives of Internal Medicine. Pesquisas anteriores mostraram a tendência é que os otimistas vivam por mais tempo, mas essa é a primeira a encontrar uma ligação com menor incidência de doenças cardíacas.

Efeitos

Os homens da pesquisa dos cientistas holandeses tinham entre 64 e 84 anos e foram acompanhados por 15 anos. Eles tinham que responder a diversos questionários, inclusive um para determinar se eles eram otimistas. Os cientistas constataram que aqueles que, em 1985, tinham sido classificados como otimistas, em 2000, tinham 55% menos chances de morrer de doença cardíaca ou derrame, inclusive quando considerados fatores importantes como fumo e histórico familiar.

"É provável que o otimismo tenha efeitos sobre a saúde cardiovascular de muitas maneiras, direta ou indiretamente", disse Erik Giltay, pesquisador chefe. Segundo ele, isso não necessariamente está relacionado com índices mais baixos de depressão.

"Uma das possibilidades é que os otimistas são melhores em lidar com adversidade e podem, por exemplo, cuidar melhor de si mesmo quando adoecem."

Exercício

Ele observou que os otimistas tendem a fazer mais exercícios e que a disposição de um indivíduo pode afetar a saúde através de sua influência sobre os sistemas nervoso, imunológico e hormonal. Mas Giltay acrescentou que os pessimistas não precisam se resignar a ter problemas do coração ou derrame, pois eles podem reduzir esses riscos adotando outras medidas, como tornando-se mais ativos e fumando menos.

"O estudo sugere que sermos otimistas e positivos quando ficamos mais velhos pode ter um efeito sobre nosso bem-estar e reduzir o risco de doenças cardíacas e circulatórias", disse Alison Shaw, da British Heart Foundation. "Pesquisas anteriores sobre falta de apoio social, depressão e falta de controle na vida mostraram que as pessoas correm mais risco de desenvolver doenças cardíacas".

"Esse novo estudo reforça o argumento de que se nos sentimos otimistas e apoiados, isso pode ter um efeito positivo sobre nossa saúde e nosso coração."

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